O deputado distrital Cristiano Araújo (PSD), 33 anos, está em seu terceiro mandato. Tudo leva a crer que ele vá concorrer a reeleição em 2018. Fizemos algumas perguntas ao parlamentar meio fora da curva sobre o atual momento da política.
Não é bem uma entrevista. Mas cada palavra abaixo serve para uma simples reflexão.
Acompanhe:
Odir Ribeiro – O que achou das eleições municipais? Qual foi o recado dado à classe política?
Cristiano Araújo – O que chamou a atenção foram os números de abstenções. O eleitor está desacreditado da classe política, isso é claro. O recado foi bem dado.
OR – Na atual conjuntura política, o senhor é oposição ou situação ao governador Rollemberg?
CR – Eu sou oposição, mas não quer dizer que eu não dialogue com o governo. As ideias são divergentes, mas não somos radicais.
OR- Como o senhor enxerga o PSD?
CR – O nosso partido tem que ter candidato majoritário. O nosso presidente Rogério Rosso (deputado federal) é competente, agregador e capaz. Ainda defendo que o PSD tenha candidato à Presidência da República.
OR – Quais os erros do governador Rodrigo Rollemberg?
CR – O atual governo está batendo cabeça. Os secretários dão a entender que estão perdidos. Rollemberg não conseguiu consolidar a sua base governista aqui na Câmara Legislativa, além de não querer negociar com a classe política. Seu governo não encontrou o caminho da gestão.
OR – Na atual política o diferente tem vez?
O João Dória (PSDB), prefeito eleito de São Paulo, é um exemplo. Não era político e foi eleito. Alexandre Kalil (PHS), eleito em Belo Horizonte, foi na mesma linha e deu certo. Há possibilidades de acontecer. As eleições de 2016 deixaram muitas lições.
OR- Qual o cenário que você enxerga para 2018?
CR – Uma coisa é certa, Rollemberg e a esquerda não estão mortos. Parte da população ainda vota neles. Já no campo da direita, o único caminho é a união. Se esse grupo rachar, ficará no caminho em 2018.
OR – Seu futuro?
CR – Devo ser candidato a reeleição, mas não penso nisso agora. O meu foco agora é meu mandato. Temos muito trabalho pela frente.
Fonte: Redação