Por Elton Santos/Guardian DF
Enfim, um suspiro de alívio para os aposentados, principalmente da Secretaria de Saúde. Depois de “problemas técnicos”, a licença-prêmio foi depositada nas contas bancárias do primeiro grupo de servidores, segundo o cronograma de pagamento anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg no último dia 19.
Mas o calvário foi longo. E tenso. Guardian DFacompanha o problema há algum tempo. Foram reuniões e mais reuniões. Promessas e mais promessas. Estas descumpridas em sua maior parte. Exemplo: foram 77 os beneficiados que se aposentaram no primeiro quadrimestre de 2015 e que teriam que receber até o final de maio deste ano. Chegou a data limite de pagamento e nada na conta. Os aposentados entraram em desespero. Quem não entraria?
E se a Câmara Legislativa não está com sua popularidade lá em cima nos dias atuais, esse episódio deu um “up” em sua imagem. Partiu de lá o esforço e pressão ao Palácio do Buriti para quitar com a dívida das licenças aos aposentados. Vários deputados ajudaram, mas destacam-se dois deles:
Raimundo Ribeiro (PPS) foi quem primeiramente se postou no front dessa “batalha” – pode-se classificar dessa forma, e ao pé da letra – e mais se empenhou. Ribeiro fez as primeiras reuniões. Dialogou com seus colegas parlamentares, com governo, principalmente quando ele era efetivamente da base governista. Guardian DF esteve em algumas dessas reuniões do deputado com os aposentados.
No decorrer do processo, o líder do governo na Câmara, Júlio Cesar Ribeiro (PRB), entrou em campo. Constantemente ligava para no celular pessoal de Rodrigo Rollemberg para cobrar o pagamento. Também pressionava as respectivas secretarias, de Saúde principalmente, já que lá é onde estava todo o problema burocrático.
Ontem, por exemplo, Júlio, que está em viagem oficial, passou boa parte do tempo tentando resolver o problema que impediu que os aposentados da Saúde recebessem. Da Pasta, ele foi informado que houve problema administrativo. Todos nós sabemos qual é o problema administrativo.
Quando foi confirmado o pagamento das pecúnias, os dois distritais começaram a receber diversas mensagens de agradecimento, inclusive de fora do País.
Fontes do Guardian jogam luz sob o atraso do pagamento. O documento para liberar, de fato, as licenças-prêmio na mesa do secretário de Saúde para assinatura. Porém, o trâmite não seguiu o seu rito por questões meramente humanas. Mas nada que a pressão não dê jeito.
Cabe ressaltar que todo esse imbróglio não marca negativamente a imagem do governo, apenas. Mexe com o psicológico dos servidores. Frustra. Muitos deles dependiam desse valor e há relatos, ouvidos por Guardian, de que aposentados passavam por dificuldades financeiras. Nossa reportagem continua acompanhando com lupa o Buriti para que o governo não faça o que fez nesse primeiro pagamento, com os outros servidores do cronograma.