Romario Schettino, Helio Doyle, Edson Crisostomo e Luciana Amaral (Fotos: Moreno)
Informações Revista Plano Capital
Quando chefe da Casa Civil, o jornalista Hélio Doyle acreditava estar preparado para enfrentar o caldeirão de ciúmes, vaidades e inveja, no intrincado xadrez do cenário político do Distrito Federal. Afinal, o poder não lhe era algo estranho ou desconhecido. Foi Secretário de Governo durante a gestão de Cristovam Buarque e Secretário de Articulação Institucional no governo de Joaquim Roriz. Também coordenou a campanha vitoriosa que levou Rodrigo Rollemberg ao posto máximo do Executivo no DF.
Hábil articulador político, causou ciumeira no próprio PSB, partido do governador, durante sua rápida passagem pela “supersecretaria”. O jornalista, contudo, diz não ter ambições políticas, apenas realizou seu trabalho da melhor forma possível e considera estar muito mais à vontade longe do poder. Nesta entrevista, ele conta à Plano Brasília os detalhes de sua saída da Casa Civil e diz que falta coragem ao governo atual em romper com os velhos esquemas políticos.
O senhor foi responsável, juntamente com o governador Rodrigo Rollemberg, pela instalação do governo. O que deu certo neste primeiro ano?
PB – Na verdade, não foram só eu e ele; a participação no governo envolveu outras pessoas. Eu tive um papel, mas as decisões, é claro, foram todas do governador. O ano de 2015 foi bem complicado, muita coisa não deu certo.
O que deu certo foi o fato das contas terem sido mantidas sob controle e este foi o principal mérito deste governo. O problema fiscal e financeiro ainda não está resolvido, mas existe perspectiva de resolução em até dois anos, eu acho.
Quando eu estava na Casa Civil, dizia às pessoas que só o fato de conseguir manter a cidade funcionando já poderia ser considerado uma vitória, até por que a situação era muito ruim, mesmo. Havia a questão do atraso de salários, de não haver dinheiro para o pagamento e as dívidas com os fornecedores. Existia, enfim, um caos na gestão.
Eu sempre digo: historicamente, o governo do Distrito Federal foi montado de forma a não funcionar e a favorecer situações irregulares. Não foi feito para ser eficaz, para atender bem a população. Agora, felizmente, há um déficit menor, os salários estão sendo pagos em dia. Para mim, levando-se em conta o que eu vi no início, é uma façanha.
E o que deu errado?
PB – A forma do governo se relacionar com a Câmara Legislativa e com a sociedade. Em relação à Câmara, havia uma expectativa dos próprios deputados eleitos de que esta relação fosse diferente. Eu sou testemunha disso, porque, durante o período de transição, conversei pessoalmente com a maior parte dos parlamentares. Quando viram que não seria diferente, iniciou-se uma confusão que se mantém até hoje.
Acredito que, desde o começo, o governo dialogou mal com a sociedade, seja com os sindicatos, com as associações comunitárias, com a OAB ou os movimentos sociais. Vou dar um exemplo: logo no início de 2015, havia a intenção da Secretaria de Educação em adiar o início do ano letivo.
Defendíamos que esta questão fosse discutida junto ao Sindicato dos Professores, mas não foi o que ocorreu. A Secretaria simplesmente anunciou o adiamento, provocando reações contrárias dos professores. Outros erros também ficaram evidentes, como a lentidão em tomar determinadas decisões. Reconheço que isto não é só culpa do governo ou do governador, mas também da própria estrutura da máquina.
O senhor atribui tudo isso a um certo vacilo?
PB – Vacilo e medo. Faltou muita coragem ao governo.
Faltou também experiência?
PB – Sim. O governo encontrou uma realidade muito adversa, uma situação que deveria tê-lo motivado a ousar, a enfrentar, a inovar. Mas não houve coragem. O governo está empurrando com a barriga muita coisa que poderia estar sendo equacionada desde o primeiro semestre; algumas desde o primeiro mês de gestão.
Muita gente cobrou, por exemplo, eleições diretas para as administrações regionais…
PB – Isto já poderia estar sendo trabalhado desde o primeiro dia de governo. Volto a repetir: faltou coragem. Por quê? Entendeu-se, equivocadamente, na minha opinião, que entregar administrações regionais para parlamentares seria um caminho para o governo resolver seus problemas. Eu entendo que isto traz ainda mais problemas.
Houve muitas greves em 2015. O diálogo com os sindicatos foi ruim ou eles são muito resistentes a chegar a um acordo?
HD – As duas coisas. Enquanto eu estava no governo, tentavam passar uma imagem minha de adversário do sindicato. Não é verdade. Pelo contrário: fui sindicalista e conheço bem como funciona essa área. Apesar disso, há pouca gente no governo que entende a dinâmica de um sindicato e a cabeça de um dirigente sindical.
No começo, conseguimos até estabelecer um diálogo em torno do pagamento dos atrasados dos servidores. A proposta inicial era pagar em 10 meses e, se houvesse recursos, este prazo seria antecipado.
Houve greve, mas, na época, até onde eu sei, o governo havia colocado todas as contas à disposição dos sindicatos. Nenhum deles quis vê-las; se tivessem ido, perceberiam que eram reais.
O governo não estava inventando, até por que ele seria muito masoquista de inventar um problema para si próprio. Esse é o tipo de discussão que se resolve numa mesa, com planilha e máquina de calcular. Não é preciso apelar para a greve. Em relação a este tema, tenho um posicionamento muito particular, divergente da postura majoritária de esquerda: a greve em serviço público, especialmente em serviços essenciais, como saúde e educação, deve ser repensada. Não dá para você, a qualquer momento, paralisar aulas ou interromper atendimento médico.
Os que têm menos dinheiro são os que mais usam o serviço público. Então, essas greves são contra o povo mais necessitado. Na minha opinião, não são greves contra o governo. Eu não estou negando a possibilidade de paralisação, mas é preciso haver uma razão muito forte para isso. E o não pagamento dos atrasados não era motivo para uma greve daquele porte. Acho que o governo, naquele momento, deveria ter sido mais duro, mas acabou cedendo às pressões.
A sociedade esperava que o governo endurecesse, não é?
HD – Esse “endurecer” não pode ter um conteúdo antissindical, antitrabalhador. Interessa a defesa da população. Como o governo recuou naquele momento, fatalmente vamos ter outras greves. Este recuo aconteceu no dia em que quase invadiram o Palácio do Buriti. Eu, como sindicalista, o que posso deduzir? Basta invadir o palácio para conseguir as coisas. É óbvio. Por isso que eu digo: falta experiência e coragem ao governo.
Nunca ficou muito clara essa disputa entre o governador e o líder da oposição, Chico Vigilante, sobre a questão dos recursos disponíveis pelo GDF. Qual a realidade, afinal?
HD – O governo encontrou uma situação bastante complicada, o secretário da fazenda relatava as dificuldades e não tínhamos clareza do número exato. O número concreto que tínhamos era o saldo em conta corrente, de 64 mil reais. Existem outras contas, mas geralmente de fundos e despesas vinculadas.
No início, tínhamos muita dificuldade em fornecer os números exatos e demorou para que isso ficasse claro. Íamos a reuniões em que a Fazenda chegava com um número, o Planejamento chegava com outro e a Administração com mais outro.
A Comunicação queria preparar o material de divulgação, mas os números não batiam. Para mim, dos 24 deputados da Câmara, o Chico é o melhor parlamentar. Ele estava no papel dele de defensor do governo anterior e aproveitou-se com muita habilidade dessa confusão.
Quem quis acreditar no Chico, acreditou no Chico; quem quis acreditar no governo, acreditou no governo; e quem teve dúvida, ficou na dúvida. Foi um erro o qual inclusive assumo, mas as circunstâncias levaram a isso. Não foi deliberado. O governo nunca quis esconder as contas; pelo contrário: criou o Conselho de Transparência, dizendo que todos os membros desse órgão teriam acesso a todos os dados.
PB – A cada legislatura, a avaliação dos deputados distritais piora. E o mais curioso: eles criam despesas o tempo todo. Parece que são eleitos apenas para isso. De onde os deputados pensam que o dinheiro vem? E de onde vem, afinal?
HD – É preciso entender a dinâmica dos distritais. Nunca houve em Brasília o caso de um distrital que saísse direto da Câmara para se eleger governador. Então, qual é a preocupação desse parlamentar? É reeleger-se distrital ou eleger-se deputado federal. Para isso, você precisa ter apoio de segmentos da sociedade, e não da maioria da população.
Portanto, não estão nem aí para o governo, a crise, ou de onde vem o dinheiro. Eles gastam exageradamente com publicidade, excesso de servidores comissionados nos gabinetes e verbas indenizatórias. Se eles pensassem no global, ou seja, como candidatos ao governo ou mesmo ao Senado, eles deixariam um pouco de lado esse corporativismo, essa visão restrita da sociedade.
PB – Por que o senhor renunciou à Casa Civil?
HD – Nada acontece por um único motivo e nem por uma única pessoa. O chefe da Casa Civil funciona como um anteparo para o governador, uma espécie de porta-voz do governo. Então, isso já cria uma série de ciúmes e inimizades. Eu sabia desse problema, até porque tive a mesma função com outro nome no governo Cristovam Buarque.
Outro fator é que eu não sou do PSB e o partido dizia que eu estava aparecendo demais. Acho até que houve um medo injustificado de eu ter alguma aspiração política e querer ocupar o espaço que poderia ser do governador. Eu não tenho afinidade com o partido e essa afinidade ficou menor ainda depois que o PSB apoiou o Aécio no segundo turno da eleição presidencial.
PB – O senhor estava no PSD…
HD – Eu já tinha saído logo no dia seguinte à eleição. Fui ao cartório eleitoral para me desfiliar do partido.
PB – Acharam que era um infiltrado?
HD – Na verdade, era (risos). Eu sentia muita dificuldade em lidar com o PSB, que tinha duas pessoas muito próximas ao governador: o chefe de gabinete – que é uma pessoa muito competente, mas está no lugar errado – e o Secretário de Relações Institucionais. Em determinado momento, eu comecei a contrariar interesses. Entre os interesses contrariados, estão os de deputados.
O problema começou quando vazou um caso de nepotismo envolvendo um dos principais assessores da Celina (Celina Leão-PDT) e ela atribuiu o vazamento a mim, apesar de eu não ter nada a ver com isso. Depois houve uma outra notícia também atribuída a mim.
O governador começou a se sentir incomodado com aquilo. Certa vez, ele me chamou e perguntou se eu não queria ser secretário numa outra área, a Secretaria de Mobilidade. Então fiz uma pergunta a ele: “Você quer me colocar na Mobilidade ou quer me tirar da Casa Civil”? E ele respondeu com honestidade: “As duas coisas”. Em relação à saída da Casa Civil, ele apresentou dois motivos: o primeiro era a dificuldade no relacionamento com vários deputados, principalmente com a Celina. Ela dizia que havia muitos petistas na Casa Civil, mas, até hoje, apenas uma saiu de lá.
O outro motivo – que mais pareceu um pretexto – era de que ele precisava de um chefe da Casa Civil com maiores características de gestor. Eu teria, segundo o Rodrigo, um perfil mais voltado à política e comunicação. Na realidade, eu já estava fazendo a gestão na Casa Civil, montando uma boa estrutura de servidores, inclusive os do PT, que vinham do governo anterior e estavam entre os mais competentes. Quase todos esses servidores eram do governo federal e requisitados pelo GDF.
A única petista que saiu da Casa Civil depois de mim, voltou para o órgão de origem. Mas, enfim: acho que eu estava fazendo o papel correto, com excesso de trabalho, inclusive, porque cuidava de várias coisas. Pensei então na possibilidade de ir para a Mobilidade, que é uma área a qual me identifico.
Contudo, nesse meio tempo, Celina anunciou o rompimento com o governo. Aí ficou difícil. Tivemos uma conversa eu, Rollemberg, Marcão (Marcos Dantas, Secretário de Relações Institucionais e Sociais) e Rômulo (Rômulo Neves, Chefe de Gabinete). Nesta reunião, surgiu outra ideia: eu iria para a chefia de gabinete e o Rômulo iria para uma diretoria da Terracap. Eu pensei nessa ideia durante uns dois dias, conversando com vários amigos. Cheguei à conclusão de que não valeria a pena, embora considere a chefia de gabinete muito importante.
PB – O poder faz alguma falta?
HD – Nenhuma. E acho que já dei demonstração disso, porque já estive no poder, de alguma forma. Fui secretário de governo do Cristovam, equivalente à Casa Civil. No governo Roriz, meu cargo tinha alguma relevância, com atuação importante na área de comunicação e na relação com o governo federal.
Eu saí dessas duas funções e nunca me fizeram falta. Muito pelo contrário: acho até melhor estar fora do poder do que dentro.
PB – O senhor falou da dificuldade da relação do governador com o Legislativo. A eleição da Celina foi um problema, porque, se é verdade que o PSB não tinha deputado nenhum, tinha como aliado o PDT. Por que Celina virou a “leoa” da Câmara?
HD – Minha posição na transição era de que o governador não deveria se envolver na eleição da Câmara. Era isso que eu conversava com os deputados. Quando começou a transição, eu acreditava firmemente que haveria um novo estilo de política. Então, eu peguei um caderninho e conversei um a um com os deputados. Anotava o que eles esperavam, deixando claras estas aspirações.
Acho perfeitamente legítimo que um deputado que apoie um governo, sinta-se participante e possa indicar pessoas. Mas não concordo – é até uma linha “reguffiana” – que um deputado deixe a Câmara para ser secretário. Um dos deputados com quem não conversei foi o Dr. Michel (PP-DF), que se tornou conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Aliás, havia conversado com ele, mas sobre outro assunto.
Certa vez, ele me contou que era policial e ficava indo às nossas reuniões anotando o nome de quem estava presente (risos). Era espião. Ficou estabelecido, posteriormente, que a relação com a Câmara iria ficar a cargo da Secretaria de Relações Institucionais.
Até eu defendia essa tese, mas é óbvio que a Casa Civil tem um papel junto à Câmara, independentemente de sua função. O governador aderiu à candidatura da Celina desde o início. Porém, todo parlamentar com quem eu conversava era contra. Para ser alguém do PDT, a melhor opção seria o Joe (Joe Valle). Mas havia também muita resistência a ele.
Chegou-se a pensar num grande acordo e aceitar um do PT, que poderia ser o Chico Leite. Os deputados também não o queriam. No fim das contas, a “coisa” avançou para o lado da Celina. Confesso a vocês que, fato consumado, tive uma conversa com uma deputada, a Liliane Roriz, para garantir o voto na Celina. Não fui só eu quem conversei, mas quis ajudar.
PB – A Celina disse que só foi presidente porque o governador apoiou.
HD – É verdade. Porque, se fosse por ela mesma, não daria certo. Da mesma maneira, se o governador quisesse ter agido agora, ele impediria a aprovação da maioria pela reeleição dela.
PB – O senhor é reconhecidamente um grande jornalista, muito estimado por ex-alunos da UnB e estrategista de campanha política. Qual o palanque de Hélio Doyle em 2018?
HD – Ninguém elege um governador sozinho. Se as circunstâncias não fossem favoráveis, talvez Agnelo não tivesse sido eleito em 2010 e nem o Rodrigo nas últimas eleições. Estou repensando algumas coisas e não sei como será em 2018. Eu mantenho boas relações não só com o Rodrigo, como com vários secretários de governo dele, principalmente os que estavam no meu tempo.
Eu acho que o governo ainda tem oportunidade de acertar. Até agora não acertou, a não ser aquilo que falei no início. Apesar disso, eu torço para que dê certo e que o Rodrigo seja candidato à reeleição. Até porque, independentemente de outros fatores, não vejo alternativa melhor. E dificilmente surgirão alternativas melhores.
PB – Nas redes sociais, vemos que está prevalecendo, em Rollemberg, a imagem de mau administrador. Isto lhe preocupa?
HD – Do meu ponto de vista de apoiador do governo, amigo do Rodrigo e estrategista, preocupa bastante essa imagem que vem se consolidando. Sob o ponto de vista político, fico também preocupado, porque não vejo alternativas. A direita se organiza e não vejo na esquerda pessoas em condições de substituir o Rodrigo.
Agora, onde eu vou estar, eu não sei. Quando saí do governo Cristovam, recebi convites do Roriz e do Arruda para a eleição seguinte. Recusei ambos. Achei que deveria ter uma quarentena eleitoral. Ficaria muito chato eu ter feito a campanha do Cristovam, ter saído do governo dele nas circunstâncias que eu saí e trabalhar com um adversário, até porque ele era candidato à reeleição.
Já quando fui convidado novamente em 2002 para fazer a campanha do Roriz, eu aceitei. Mas aí o Cristovam não era o candidato contrário. Hoje eu não me sentiria à vontade de trabalhar contra o Rodrigo, a não ser que ele me decepcionasse inteiramente, coisa que não aconteceu.
PB – Como é a sua relação com o governo, atualmente?
HD – As pessoas acham que eu tenho um vínculo com o governo, que eu sou consultor, mas não sou. Para mim, o consultor é o que trabalha de forma organizada, sistemática e remunerada. Eu não trabalho de forma organizada para o governo, nem sistematicamente e nem sou remunerado.
Sou somente um palpiteiro. Às vezes me reúno socialmente com pessoas do governo e dou minha opinião voluntariamente. Converso também bastante com o pessoal da Comunicação e ainda falo pelo WhatsApp com o Rodrigo.
Mas não me sinto comprometido com o governo e nem me sinto impedido de criticá-lo. No Twitter, inclusive, eu faço isso, quando vejo que algo está errado. Hoje eu me considero um cidadão jornalista.
PB – Depois que saiu da Casa Civil, como foi sua trajetória?
HD – Eu tenho sido muito procurado por empresários, mas não quero fazer esse trabalho de intermediação, vamos dizer assim. Disse ao Rodrigo que não iria me recusar a conversar com as pessoas.
Quando eu achar que as ideias e projetos são interessantes, vou incentivar e encaminhar para o governo. Quando eu achar que não vale a pena, que é picaretagem, eu ficarei na minha. Não tem problema.
Tenho feito, aí sim, algumas consultorias – menos do que eu gostaria e precisaria – na área de Comunicação. Tenho escrito também no Twitter, mas não ganho nada com isso, e para o site Brasil 247.
PB – Apesar das pressões, é possível estabelecer uma nova maneira de fazer política?
HD – Sim. Não gostaria que Brasília voltasse aos velhos esquemas, mas vejo uma movimentação nesse sentido. Acho que o Rodrigo está perdendo uma excelente oportunidade de ser um marco da mudança política, da novidade. Inclusive com reflexos nacionais.
O Rodrigo optou pela velha política e ainda de maneira envergonhada. Então, ele sai perdendo de qualquer jeito. Muita gente trata a opção pela nova política como ilusão. Eu discordo. É uma questão de decisão. Não é fácil, não é de um dia para o outro, mas é possível.