Informações Diário do Poder
O coronel Florisval viajou, durante o feriadão, por isso o chefe da Casa Militar, coronel Ribas, somente pôde conversar pessoalmente com o secretário Arthur Trindade. A conversa com o coronel Florisval César somente aconteceria nesta terça-feira (3).
O secretário de Segurança estava intransigente e ameaçava até mesmo pedir demissão, caso o comandante não fosse substituído. O coronel Florisval César afirmou, então, que pediria exoneração para evitar uma crise, mas deixando claro que não reconhecia excessos na ação policial. Reconhecia apenas que deveria ter consultado Rollemberg. Ele e seus comandados chegaram a pensar em nomes que seriam sugeridos ao governador para assumir o comando-geral da PM.
Ficou acertado que o governador receberia o comandante-geral às 9h desta quarta-feira (4), para receber seu pedido de demissão. Mas o secretário de Segurança, Arthur Trindade, ou pessoas ligadas a ele, cometeram o erro de vazar a informação, incorreta, de que o comandante-geral seria demitido.
Quando os comandados do coronel Florisval leram na manhã de quarta-feira (4) a versão de que ele estaria sendo demitido, atribuíram isso ao secretário de segurança. Um grupo de oficiais procurou o governador Rollemberg na casa da mãe dele, e pediram para que não aceitasse a pressão do secretário para demitir o coronel. O governador logo assumiu o compromisso de não aceitar aquele desfecho.
A Secretaria de Segurança e a Polícia Militar não se entendem bem desde o início do governo. Por isso, o consenso geral, no Palácio do Buriti, é que o secretário de Segurança tentou se aproveitar da situação para substituir o coronel Florisvaldo Cesar. Oficial admirado por sua disciplina, o coronel aceitou sair pra não criar um problema, mas o governador logo entendeu que a saída dele é que seria o problema.