Enfim, a Comissão Parlmentar de Inquerito (CPI) dos Transportes ouviu nesta o advogado Sacha Reck, nesta quinta-feira (1º). A acusação da CPI é de que Sacha tenha sido advogado das empresas vencedoras e, também haveria participado da elaboração do edital de licitação do transporte público no Distrito Federal durante o governo Agnelo Queiroz. O blog acompanhou parte da comissão e chegou a algumas conclusões
– A impressão que fica é que alguém contratou Sacha Reck para dar uma “bicuda” nos empresários Vagner Canhedo, proprietário da Viplan, e Valmir Amaral. A não aceitação das certidões foi fundamental para eliminar os empresários do sistema de transporte.
– Na licitação dos ônibus, a comissão sabia que Vagner Canhedo e Valmir Amaral não tinham as certidões em dia para participar da concorrência. Tanto que os empresários não conseguiram furar o bloqueio.
– O advogado é bastante preparado e entende como poucos de licitações, além de como funciona o transporte público. Os distritais presentes não foram páreo para o jurista.
– O depoente é uma autoridade no assunto. Os deputados distritais estavam mais na base da pirotecnia e isso facilitou a vida do preparado advogado.
– Algum figurão do governo Agnelo Queiroz, mesmo sabendo que Sacha Reck advogava para as empresas, não se importou e, inclusive bancou seu nome como consultor desta licitação. A CPI precisa saber quem é esse personagem.
– Pode não parecer relevante, mas a CPI incomodou o advogado. Deu até para perceber que as suas noites foram mal dormidas e o mesmo não tinha mais unhas. O hábito de roê-las é devido a ansiedade.
– A atuação do relator Raimundo Ribeiro foi razoável, mas não o suficiente para colocar o depoente em apuros. Se depender dessa CPI, Sacha pode parar de roer as unhas e dormir em paz.
– Sacha Reck disse que jamais encontrou com o ex vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB). Um ponto que passou despercebido por quem acompanha a CPI.
– Os deputados distritais integrantes da CPI por pouco não perderam o depoimento do advogado. Sacha chegou pontualmente às 9h. Já os cinco distritais que compõem a comissão só entraram na comissão às 10h. Bola fora.
– A impressão é que tem caroço nesse angu. Os rolos foram muito bem feitos ao ponto de enrolarem uma CPI. Esse é resumo da opera.
– Para finalizar, 19 pessoas terão o sigilo bancário e telefônico quebrados. Mas cá para nós, quem faz coisa errada não guarda dinheiro em banco e só alguns bobos falam ao telefone. Não é mesmo?
Por Odir Ribeiro
Fonte: Redação