Censura escolar ou volta do militarismo?

Na última sexta-feira (24), a direção da Escola de Música de Brasília encaminhou por e-mail aos professores(as) um texto, no qual proíbe qualquer membro da comunidade escolar de fazer qualquer registro da escola (fotografar, filmar e/ou gravar áudio). Proibiu que se fizessem matérias sobre o que está acontecendo dentro da escola. Qualquer vazamento seria “rigorosamente apurado”. A imprensa só pode ter acesso após a aprovação da assessoria de comunicação da Secretaria de Educação.
Diante de tal situação, a Secretaria de Educação do Distrito Federal publicou a circular número 11/2015 censurando todas as escolas públicas do DF. No entanto, o documento emitido pelo Governo de Brasília vai ainda mais longe. O texto orienta às direções das escolas que, em caso de tentativa da imprensa em fazer registros nos interiores das instituições, também sejam impedidos.
Baseando-se na Lei de Gestão Democrática do DF, além dos princípios constitucionais, o Sindicato dos Professores (Sinpro) repudia a circular. A direção do sindicato alega a “volta do regime militar”. Assim, o Sinpro explica que a escola avalie o que pode ou não ser divulgado, com base na Constituição Federal e na Lei 4.571/2012 (Gestão Democrática) aprovada pela CLDF.
O Sinpro deu mostra de que apoia os profissionais de educação. A direção da entidade reiterou que, caso algum(a) professor(a) ou diretor(a) de escola venha a sofrer qualquer tipo de ameaça ou retaliação por parte do GDF, o(a) mesmo(a) deverá acioná-los imediatamente.
Será mesmo que estamos voltando ao tempo do regime militar, em que as pessoas mal podiam transitar livremente pelas ruas? Quem pode nos dar essa resposta? O tempo?
Fonte: Redação 

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