“A sociedade não está distraída ante a pandemia”

kelly bolsonaro

Mais cedo, Kelly Bolsonaro (Patriotas) enviou uma nota de repúdio à imprensa sobre a aprovação do plano de saúde vitalício a ex-deputados e familiares.

De acordo com a coordenadora da Juventude do Ministério da Família,  a sociedade não está distraída ante a pandemia.

 

Leia na íntegra.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NOTA DE REPÚDIO

A aprovação do projeto de lei que visa estender a ex-deputados distritais e seus parentes, de forma
vitalícia, a cobertura do plano de saúde é absolutamente imoral e digna de revolta por parte de toda
a sociedade!

O plano de saúde anterior atendia ex-parlamentares por até 2 anos findo o mandado, o que já era por demais generoso. Tornar o benefício permanente é uma completa falta de respeito com os
cidadãos!

Como estava, o plano de saúde equivalia a montante aproximado de R$ 39 milhões em 2020.
Aproveito para destacar que o custo do plano de saúde é complementado com recursos públicos, valor este que deveria ser aplicado em prol da sociedade, não da Câmara Legislativa do Distrito Federal!

Os que lá estão foram eleitos pelo povo para trabalhar em prol do povo! É esta a missão precípua dos parlamentares. Devem dedicar seu tempo para apresentar projetos que beneficiem o povo, é  inadmissível legislar em interesse próprio!

Estamos agora enfrentando uma pandemia. É de conhecimento público que pessoas estão morrendo, enquanto outras muitas perderam seus empregos e encontram-se em situação de extrema vulnerabilidade. É nítido que, neste momento, a sociedade necessita de ações públicas para minimizar seu sofrimento e as dificuldades que ora se apresentam.

No entanto, os parlamentares claramente agem em benefício próprio, não o daqueles que os  elegeram. Há tantas pautas importantes e relevantes a debater, mas optaram por votar um projeto  de lei que, em muito, os beneficia. Enquanto isso, o que faz a sociedade? Esta sofre em filas para  receber auxílios, tem dificuldade para ter acesso a serviços de saúde e preocupa-se com a perda  de emprego e capacidade econômica.

Embora os parlamentares pareçam crer que a sociedade está “distraída” ante a pandemia. Embora  tenham crido poder votar uma lei imoral “na surdina”. Não. Não podem! Estamos atentos e exigimos  respeito!

Entre os 22 distritais presentes na votação, 16 aprovaram a alteração:
  •  Claudio Abrantes (PDT)
  • Daniel Donizet (PSDB)
  • Delegado Fernando Fernandes (Pros)
  • Delmasso (Republicanos)
  • Eduardo Pedrosa (PTC)
  • Hermeto (MDB)
  • Iolando (PSC)
  • Jaqueline Silva (PTB)
  • José Gomes (PSB)
  • Júlia Lucy (Novo)
  • Martins Machado (Republicanos)
  • Rafael Prudente (MDB)
  • Reginaldo Sardinha (Avante)
  • Robério Negreiros (PSD)
  • Roosevelt Vilela (PSB)
  • Valdelino Barcelos (PP)
Houve ainda seis abstenções:
  • Reginaldo Veras (PDT)
  • Leandro Grass (Rede)
  • Chico Vigilante (PT)
  • Fábio Felix (Psol)
  • Arlete Sampaio (PT)
  • João Cardoso (Avante)

Outros dois distritais não estavam presentes: Jorge Vianna (Podemos) e Agaciel Maia (PL).
Os que votaram a favor, devem urgentemente prestar esclarecimentos à população e justificar
tamanha atrocidade! O que os levou a votar neste sentido? Creio que seus eleitores têm o direito
de saber.

Os que se abstiveram, como podem deixar algo tão desrespeitoso à sociedade passar sem qualquer
tipo de posicionamento? Receberam votos para representar o povo, mas optaram pelo silêncio. A
inércia também deve ser prontamente justificada.
Infelizmente, grande parte da população do Distrito Federal não tem recursos para custear um plano de saúde para si, mas terá que pagar para ex-deputados e seus dependentes de forma vitalícia?

Se há uma palavra que resume a situação, eu diria:

I M O R A L I D A D E …

Devo lembrá-los, Senhores(as) Parlamentares, que Vossas Senhorias servem ao povo, e não o
contrário!

Vergonha, vergonha, vergonha!”

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