Informações Jane Rocha, Jornal Destak
O GDF corre riscos de ficar sem verbas para pagar os servidores a partir de outubro caso o pacote de medidas anunciado pelo governo não seja adotado. É o que afirma o chefe da Casa Civil do DF, Hélio Doyle. “Todas as medidas são necessárias para retirar o DF da crise. É importante observarmos os impactos positivos da medida”, defendeu Doyle.
O pacote anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) na última terça-feira (27) prevê o aumento de vários impostos, como IPTU e IPVA, e o fim de isenções fiscais. A decisão surpreendeu os deputados distritais, inclusive os 18 que fazem parte da base aliada do governo local.
Parlamentar da base governista, Joe Valle (PDT) lamentou que a conta seja paga pelo contribuinte. “O governo, ao anunciar medidas de austeridade, também deveria se preocupar com propostas de incentivo para dar esperança à população e à economia”.
Oposição
Para o líder da bancada petista, Chico Vigilante (PT), todas as medidas são “absurdas”. Segundo o parlamentar, o aumento na alíquota da gasolina e do diesel é inviável. “Brasília é uma cidade que o carro é indispensável. Além disso, reduzir ITBI apenas para imóveis de até R$ 100 mil soa ridículo, visto que não há imóveis com este valor à venda aqui”.
Auditoria
Durante coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, Hélio Doyle afirmou ainda que há vários contratos superfaturados fechados no governo de Agnelo Queiroz (PT) que estão sendo revistos. O chefe da Casa Civil afirmou também que as refeições que eram servidas aos funcionários da Residência Oficial de Águas Claras ao custo de R$ 1,5 milhões também eram entregues aos funcionários do Buriti. “Um verdadeiro esquema”, destacou.