A escolha para novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados vai ser feita após o feriado de Carnaval. Até lá, partidos contrários à escolha do PSL ao nome de Bia Kicis tentam articular para que o mineiro Lafayette Andrada (Republicanos) fique no comando do colegiado.
Com a recusa do PSL de declinar do nome da deputada bolsonarista, parlamentares têm acionado o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para acalmar os ânimos. Mas ele já avisou que não vai se intrometer. A CCJ é o colegiado mais importante da Casa. Todos os projetos passam por ela e pedidos de impeachment também precisavam do aval dos membros da comissão.
Atualmente, a deputada do DF é a segunda vice-presidente do grupo. E, por conta de acordo para a candidatura vitoriosa de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara, ficou acertado que a chefia do colegiado neste ano ficaria com o PSL, uma vez que é o maior partido do bloco vencedor. Inicialmente, o nome cotado era de outro mineiro, Delegado Marcelo Freitas (PSL).
Contudo, para conseguir a 1ª secretaria da Casa, Luciano Bivar (PSL-PE) aceitou que Bia Kicis ficasse com a CCJ e jogou para escanteio a possibilidade do posto ficar nas mãos do policial. Bivar é presidente nacional da legenda e, hoje, o comando da presidência do colegiado também está nas mãos do partido, com Felipe Francischini (PR). Apesar das indicações e acordos para as presidências das comissões serem feitos anteriormente, os nomes precisam ser confirmados em votação nos próprios grupos.