Nesta quarta-feira (10), a Polícia Civil (PCDF) e o Ministério Público (MPDFT) realizam a operação Rafflesia. Trata-se de uma ação que investiga desvios nas receitas de publicidade no transporte público da capital — mais precisamente nos espaços destinados a anúncios em ônibus.
São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas regiões de Lago Sul, Park Way, Sudoeste, Cruzeiro, Águas Claras e Recanto das Emas. O objetivo é colher informações para dar prosseguimento às apurações.
De acordo com as investigações, as agências publicitárias não estariam efetuando o repasse à Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), que faz jus a parte dos valores obtidos dos anunciantes nos ônibus.
Além disso, agências de publicidade, que fazem a intermediação entre as empresas que anunciam seus produtos e as concessionárias de transporte público, estariam sonegando informações sobre os valores arrecadados.
As agências estariam declarando ao Estado valores menores do que os realmente praticados nos contratos firmados com os anunciantes, de acordo com o que apontaram as investigações até agora.
Com isso, o lucro estaria sendo maximizado, em razão do repasse de valores abaixo do que os devidos à Semob.
Até o momento, de acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), há indícios da prática de estelionato contra a administração pública, falsificação de documento e associação criminosa.
O termo Rafflesia, que dá nome à operação, faz alusão a plantas parasitas, que sobrevivem sugando nutrientes das raízes da árvore a que se prendem.