Incerteza sobre aprovação da PEC dos Precatórios

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (10/11) a proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que prorroga o pagamento de dívidas judiciais, altera o teto de gastos e abre espaço orçamentário para pagamento do Auxílio Brasil, o sucessor do Bolsa Família. Agora, o projeto segue para o Senado.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (União Brasil), afirmou que a votação do texto deve acontecer no dia 24 de novembro. De acordo com ele, o desejo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), é que a proposta tramite pela CCJ e depois vá ao Plenário.

A proposta deve enfrentar resistências no Senado. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse que a bancada do Podemos na Casa discute apresentar uma nova PEC para que o Auxílio Brasil seja garantido sem furar o teto de gastos. A ideia é que o auxílio seja bancado com verba de emendas parlamentares, com foco nas emendas de relator, que permitem aos deputados opinarem ou influenciarem na alocação de recursos públicos.

Vale lembrar que o Senado aprovou na terça-feira (9/11) uma Proposta de Emenda à Constituição que inclui renda básica para pessoas de baixa renda como direito social. Agora, o texto segue para a Câmara e vai precisar do apoio de 308 deputados para ser aprovado.

O senador Otto Alencar (PSD-BA), avalia que o texto da PEC dos Precatórios melhorou com as emendas que foram aprovadas pela Câmara dos Deputados, principalmente em relação à regra de ouro dos gastos públicos, ferramenta que está na Constituição e impede que o Executivo faça dívidas para pagar despesas como salários e aposentadorias. Libera os recursos do Orçamento apenas para investimentos.

Para Alencar, um posicionamento favorável vai depender de como o texto a ser negociado vai tratar o Auxílio Brasil e as dívidas dos municípios. A expectativa é de que o presidente do Senado se pronuncie em breve sobre os rumos do texto na Casa.

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