Moeda de troca

O apoio dos partidos MDB, União Brasil e PSD a Luiz Inácio Lula da Silva vai ter um custo alto. As legendas querem pelo menos duas pastas cada, como forma de apoio à aprovação da PEC da Transição.

Os Ministérios de Infrtaestrutura, Minas e Energia, Agricultura, Transportes, Ciência e Tecnologia, Cidades e Integração Nacional são os mais cobiçados. O apoio à PEC da Transição virou moeda para barganhas políticas.

Os partidos têm interesse nos R$ 105 bilhões que, de acordo com a PEC da Transição, ficarão livres no Orçamento para novas despesas em 2023. O orçamento secreto terá R$ 19,4 bilhões. Desde que desembarcou em Brasília, no início da semana, Lula tem sido pressionado a assinar a fatura e entregar cargos e verbas antes mesmo da votação da medida.

O novo gestor também terá que administrar queda de braço na disputa por ministérios entre os partidos aliados. Mas avisou, nesta quinta-feira (1/12), que a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, não irá para ministério e continuará à frente do partido.

Em reunião com a bancada do PT, Lula disse que não quer “esvaziar” o partido, levando integrantes de seus principais quadros para ocupar cargos na Esplanada. Segundo ele, “isso fragilizaria o partido no Congresso”.

Ele afirmou, ainda, que não pode repetir uma experiência do passado que não foi exitosa, referência ao ex-ministro José Dirceu. Ele deixou o comando do PT para assumir a Casa Civil e acabou tendo de sair do governo, em 2005, no contexto da explosão do escândalo do mensalão.

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