A política do DF ainda precisa passar por muitos debates. Um deles é sobre o papel das Administrações Regionais na estrutura de governo. Antes das eleições, eu andava nas cidades-satélite e notava que a reclamação estava direcionada a esse órgão público que deveria ser uma extensão do Palácio do Buriti nas cidades mais distantes do Plano Piloto, mas o tempo deixou esse espaço obsoleto.
O que deixam as Administrações Regionais obsoletas é a falta de autonomia – o Administrador Regional não depende de suas forças para tocar a gestão, pois tudo depende da vontade de palacianos. Um dos órgãos que mais travam as administrações é a Novacap. Uma operação tapa-buraco, por exemplo, só sai do papel se o diretor da instituição tiver de bom humor. Uma solicitação urgente pode levar semanas… Triste, né?! No mínimo, um absurdo!
O cargo de Administrador é o mais engessado de toda a estrutura administrativa. O sujeito não passa de um carregador de ofício – a “sorte” de alguns é o apadrinhamento político que destrava as coisas mais um pouquinho. Essa trava nas RAs veio do governo Rollemberg que na época castrou esses órgãos que poderiam ser uma mão na roda nas comunidades mais distantes.
O lado político
As Administrações Regionais também viraram uma máquina de moer políticos – como se não bastasse essa trava toda – os incompetentes nomeados só pioraram a situação e, assim, vi de perto muita gente perder as eleições em 2022. O poder de queima dessas RAs vai além do que se imagina.
Enfim, os deputados distritais poderiam puxar esse debate sobre o engessamento das RAs que foram sucateadas pelos próprios políticos.
Esse só foi o começo do assunto… Ainda voltaremos muitas e vezes nesse tema.