*Por Pedro Vaz
Vivemos em dois mundos, o real visto por todos nós e o da imaginação midiática. Vimos recentemente no DataFolha que a reprovação do governo é gritante, muito acima dos 8 anos anteriores. Sinal vermelho no planalto (Não é de PT).
Seria humanamente impossível citar todos os problemas e desastres que tivemos nos últimos 100 dias (Que pareceram 100 anos), mas para uma pequena parcela estamos indo bem, freezers recheados de cortes nobres e todos com carro 0km na garagem (Alguém ainda lembra o que é carro popular?).
Mas chega de críticas! Vamos falar de coisa boa, aumento no salário mínimo! (De 18 reais), Inclusão social! (Pronome em discurso), Uma nova moeda a caminho! (Junto com Venezuela e Argentina), Fim da Gordofobia! (“Tem gente passando fome porque tem gente comendo muito”), Fortalecer o mercado nacional! (Acabando com as compras da Shein), Baixar o juros! (Manipulando o Banco Central), Vamos acabar com as Fake News! (1984), A Petrobras não vai mais favorecer acionistas! (Aumento da gasolina, o maior acionista é o governo), Governo mais forte! (14 ministérios a mais), Vamos melhorar o SUS! (Aumento de imposto sobre medicamentos), A favor da democracia! (Mas apoiamos Venezuela, Cuba, Nicaragua e outras ditaduras), Eu sou cristão, jamais defenderia o aborto! (Brasil sai da lista contra o aborto), A enfermagem tem vez! (O piso ainda é uma lenda urbana), O povo pobre terá dignidade! (Fim do marco do saneamento), Vamos investir nos esportes! (E-Sport é retirado da lista), O bolsa família voltou! (Milhares de necessitados são cancelados).
Queria pontuar como exemplo o marco do saneamento. Em 2017 o Brasil tinha 100 milhões de pessoas sem coleta de esgoto em casa.
O ordenamento,antes do Marco Legal Saneamento, não estabelecia metas e obrigações para a prestação dos serviços.
O lobby feito pelas concessionárias estaduais e associações diretamente ligadas sempre foi contrário a qualquer modernização ou abertura do mercado que permitisse maior entrada de capital privado.
O governo anterior estabeleceu metas, diretrizes e obrigações de fornecimento dos serviços pelas estatais, e caso não fossem atingidas poderiam ser substituídas. Para se ter uma ideia, se tivéssemos coleta de esgoto universal, “74,6 mil internações seriam evitadas por causa de doenças como diarréia, leptospirose e febre tifóide. E 56% desses casos prevenidos seriam na região Nordeste.”
*Pedro Vaz é um homem comum com seu podcast e jornalista nas horas vagas