Ao contrário do que vinha acontecendo nas últimas eleições para o Conselho Regional de Medicina do DF, em 2026, os grupos políticos podem ter uma eleição muito mais turbulenta.
A chapa 1 – chapa da situação – tem como lembra, a Dra Julister Maia de Morais , casada com o médico Dr Guttemberg, um conhecido candidato a Deputado Distrital em várias eleições aqui pelo Distrito Federal. Portanto, tem ligação a figura política da cidade.
Entretanto, o que mais chama atenção é a cabeça de chapa. A Dra Rosylane.
Sim! Grupos políticos! Embora todas as chapas adotem o discurso de “neutralidade política”, a verdade é que todas elas apresentam suas afinidades ideologicas e até ligações diretas a personagens políticos, vejamos.
Durante a pandemia, Rosylane apoiou a colega Dra Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, causando revolta em muitos médicos de Brasília-DF.
À época, ela já era membro do Conselho Federal de Medicina e também do Conselho Regional de Medicina.
A polêmica ligada a líder da chapa 1 teve a maior repercussão quando o Correio Brasiliense soltou matéria divulgando suposto apoio direto da referida médica aos atos do dia 08 de janeiro.
A Dra Rosylane sofreu desgastes em razão dos episódios divulgados na imprensa, mas ela segue apostando alto e pretende assumir a cadeira de Presidente do Conselho Federal de Medicina. Isso estimula sua liderança ostensiva e imprime uma imagem de subserviência na chapa 1.
Segundo fontes, o clima dentro do grupo é pesado desde que alguns dos atuais membros do Conselho decidiram sair para compor um grupo próprio, a Chapa 3.
A chapa 2, por seu turno, é liderada pelo Médico Dr. Esteves, ele já foi Secretário de Saúde de Valparaíso-GO e responde processos judiciais, segundo documentos enviados a nossa equipe por fontes.
Já na Chapa 3 – constituída após rompimento com a chapa da situação, há três membros que já tentaram ser eleitos como Deputados Distritais, mas não obtiveram êxito.
Dr. Getúlio Morato – pediatra -, Dr. Giuliano Castello Branco – cirurgião-geral e Dr. Petruz Sanches – obstetra – e que também já ocupou cargo político na Secretaria de Saúde do DF.
O grupo, mesmo que composto por médicos de diferentes perfis (há aqueles que digam que a chapa é de centro) tem como principal figura o médico Dr Farid Buitagro, que foi presidente do CRM-DF durante 40 meses. Há quem diga ainda que a chapa também conta com orientações da ex-Deputada Distrital Júlia Lucy, que se contrapôs ao passaporte vacinal durante seu mandato.
Já a chapa 4 possui direta relação com o Partido dos Trabalhadores. Sua mentora, a médica e política Arlete Sampaio, já se pronunciou quanto aos planos da chapa “primeiro o CRM”.
Essa vinculação ao PT assusta a comunidade médica do DF porque, pela segunda vez, o governo LULA lança o programa Mais Médicos, que autoriza a entrada de médicos estrangeiros no país sem exigir deles a prova do Revalida. Na primeira versão do programa, a transferência de salário aos médicos cubanos era feita diretamente à ditadura.
Foi também no Governo do PT, em 2013, que foi sancionada a Lei nº 12.842, conhecida como Lei do Ato médico, que feriu de morte a salvaguarda de atuação de médicos em certos procedimentos.
Em suma, o médico brasileiro não gosta do PT, mas a chapa 4 faz tudo para parecer politicamente correta e atrai os votos dos médicos mais jovens.
E foi nessa linha que a chapa 4 começou a fazer sua campanha de forma antecipada, segundo denúncias, e mesmo sem ter tido seu registro homologado. O fato foi representando pela Chapa 1, que conseguiu a determinação de suspender as propagandas da chapa 4 por 30 dias. Em retaliação, a chapa 4 soltou o post:
Soltaram, ainda, outra nota informando terem entrado na Justiça Federal com pedido de recurso quanto à decisão exarada.
O fato é que esse discursinho dos nobres Doutores Médicos de que “não somos políticos” não cola para nenhuma das 4 chapas e o que os médicos do DF precisam descobrir é quem será a raposa que quer cuidar das ovelhas.