Especialista ressalta a importância da Mulher Empreendedora  

Na Semana Nacional do Empreendedorismo no Brasil, Melina de Oliveira, fala sobre empreendedorismo como alternativa econômica para as mulheres e iniciativas de fomento aos negócios comandados por elas.


  Neste mês, é celebrada pela primeira vez, a Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino no Brasil, criada pela Lei 14.667. Ela será comemorada sempre em novembro e tem como objetivos conscientizar a população brasileira sobre os desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras e divulgar a importância desse segmento.

No Brasil, o empreendedorismo feminino representa uma força vital na economia e na sociedade. Estudo do Sebrae, baseado em dados do IBGE, aponta que 10,3 milhões de mulheres são donas de negócios no país, o que representa 34,4% dos empreendedores brasileiros. O levantamento também revelou que as mulheres empreendedoras que geram empregos subiram 30% de 2021 para 2022, um salto de cerca de 300 mil. No entanto, a maioria delas (9 em cada 10) toca seu negócio sozinha.

Num país no qual 50,8% dos lares – 38,1 milhões – são mantidos por mulheres, o Portal Rádio Corredor conversou com Melina de Oliveira, sobre os aspectos sociais envolvidos e iniciativas que contribuem para o fomento de negócios comandados elas. “Incentivar o empreendedorismo feminino não é apenas uma questão de equidade de gênero, mas uma responsabilidade social com as famílias brasileiras.

Quando temos uma sociedade onde mais de metade dos lares são sustentados por mulheres, fica claro que ampliar as possibilidades de elas abrirem seus negócios e, principalmente, terem uma empresa rentável, dá a elas meios para que possam manter seus filhos e, muitas vezes, os pais ou outros dependentes.

Porque, para muitas mulheres, trabalhar fora ou empreender não é uma questão de realização profissional, mas de necessidade, em razão da responsabilidade de proverem sozinhas suas casas e seus entes”, explica Melina.

Programas governamentais e de instituições como o Sebrae e o Sistema S (Sesc, Senai, Senac, Sesi) têm desempenhado um papel crucial no apoio ao empreendedorismo feminino.

Estes programas oferecem desde capacitação técnica e gerencial até o acesso a crédito e redes de networking, fundamentais para o sucesso empresarial. Iniciativas como o “Sebrae Mulher”, que visam a promover a liderança feminina e fortalecer os negócios liderados por mulheres, são exemplos de como o apoio institucional pode ser decisivo.

Para Melina de Oliveira, no entanto, as necessidades das empreendedoras podem variar significativamente entre as diferentes regiões do Brasil. “Por exemplo, enquanto nas grandes cidades o foco pode estar em tecnologia e inovação, em áreas rurais ou menos desenvolvidas, o suporte pode precisar ser mais direcionado para questões básicas de infraestrutura e acesso a mercados.

 E, para atender a essa diversidade, é fundamental que as políticas de incentivo ao empreendedorismo feminino sejam adaptáveis e descentralizadas. Isso implica em realizar diagnósticos regionais para compreender as necessidades específicas de cada área, e, consequentemente, oferecer programas customizados que atendam às empreendedoras de maneira eficaz.”

A empresária Melina também alerta que é fundamental garantir que as mulheres tenham acesso a informações sobre esses programas e a redes de apoio. “Isso pode ser alcançado através de campanhas de conscientização e de parcerias com organizações locais, que possam atuar como multiplicadores dessas informações. A Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino no Brasil, a partir desse ano, será uma grande oportunidade para realização dessas ações.”

Melina Oliveira é assessora parlamentar e empreendedora com vasta experiência no mercado, ressalta que há ainda muito espaço a ser ocupado pelas mulheres empreendedoras e termina a reportagem dizendo: “Isso é só começo, empreender é uma doação e as mulheres empreendedoras mostram isso.”

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