Embora oficialmente distante, a disputa de 2026 já está em pleno movimento nos bastidores da política do Distrito Federal. É um erro comum acreditar que as eleições só começam a ser discutidas em público quando os prazos eleitorais se aproximam, mas a realidade é que as peças já estão sendo posicionadas.
Em reuniões fechadas e conversas discretas, as estratégias estão sendo desenhadas, os cenários analisados, e os possíveis candidatos avaliados com precisão cirúrgica. Aquele que ignora essa movimentação nos corredores do poder arrisca ser deixado para trás.
Os levantamentos internos — por vezes disfarçados de pesquisas preliminares — vêm sendo conduzidos por todos os lados. Políticos experientes conhecem o jogo: eles sabem quais nomes estão crescendo e quais podem representar ameaças reais.
Se um candidato ou figura pública está recebendo mais atenção neste momento, é provável que seus números estejam favoráveis. E, com isso, surgem as consequências naturais: ataques e críticas, muitas vezes disfarçados de memes e sátiras nas redes sociais. No cenário político moderno, a guerra de narrativas começou antes mesmo das primeiras campanhas oficiais.
É importante lembrar que chegar ao topo nas pesquisas ou na aprovação popular, em si, não é o desafio mais difícil. Permanecer lá, sob constantes ataques, é que separa os jogadores ocasionais dos estrategistas de longa data.
Nessa jornada, as críticas e embates não são apenas inevitáveis — são parte fundamental da política contemporânea. E as queixas de “perseguição” devem ser evitadas. Aquele que é visado precisa entender que se tornou um alvo justamente por sua relevância, e é seu dever como figura pública saber reagir sem fornecer munição para seus oponentes.
Ainda que as eleições pareçam distantes, a verdade é que o tempo voa. A corrida já começou silenciosamente tanto no norte quanto no sul do país, mas ninguém está disposto a tocar as trombetas ainda, pois qualquer movimento explícito poderia precipitar reações que ainda não estão maduras. O ar está carregado de tensão pré-eleitoral, mas a estratégia agora é agir com cautela e discrição.
Portanto, não se engane: a sucessão de 2026 já está em curso, e as movimentações nos bastidores são o verdadeiro termômetro do que está por vir. O momento é de preparo, não de inércia. Aqueles que conseguirem se adaptar às pancadas inevitáveis da política e compreenderem o papel estratégico de sua posição terão uma chance real de protagonizar o futuro do DF.