Recentemente, o ex-diretor de tecnologia do Departamento de Estado dos EUA no governo de Donald Trump, Mike Benz, afirmou que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) desempenhou um papel crucial na censura de movimentos populistas, incluindo o de Jair Bolsonaro no Brasil. Segundo Benz, sem a atuação da USAID, Bolsonaro ainda estaria na presidência, e o país desfrutaria de uma internet mais livre.
A USAID, estabelecida em 1961 sob a administração de John F. Kennedy, inicialmente focava em promover o desenvolvimento em nações aliadas. Contudo, ao longo do tempo, a agência teria se envolvido em atividades que vão além de sua missão original, incluindo o financiamento de iniciativas alinhadas à agenda “woke” em diversos países. Projetos como eventos de diversidade no ambiente de trabalho na Sérvia, produção de um musical sobre diversidade na Irlanda, uma ópera transgênero na Colômbia e a publicação de uma história em quadrinhos transgênero no Peru foram financiados pela agência, totalizando US$ 1,64 milhão.
Além disso, entre 2004 e 2022, a USAID destinou US$ 54 milhões à ONG EcoHealth Alliance, que, por sua vez, financiou pesquisas de ganho de função no Instituto de Virologia de Wuhan, na China. Essas pesquisas, proibidas em solo americano, são apontadas como possíveis responsáveis pelo surgimento da pandemia de Covid-19.
No contexto brasileiro, Benz destacou que a USAID investiu dezenas de milhões de dólares para financiar a censura, visando controlar o ecossistema de informações e enfraquecer movimentos populistas como o de Bolsonaro. Ele mencionou que um dos objetivos era eliminar a troca internacional de ideias entre os movimentos de Trump e Bolsonaro.
Em resposta a essas revelações, parlamentares brasileiros, como a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), criticaram a atuação da USAID, acusando-a de financiar organizações não governamentais de esquerda e de promover a censura no país. Kicis afirmou que os recursos da agência apoiam uma rede de “ativistas judiciais, promotores, juízes e advogados” que conduzem uma “guerra jurídica” contra indivíduos e instituições rotuladas como populistas e antidemocráticas.
Essas informações reforçam a tese de que o Brasil foi alvo de uma intervenção externa que influenciou seus processos políticos internos, levantando questionamentos sobre a soberania nacional e a integridade das instituições democráticas.