“Aqui se faz, aqui se paga!”

O deputado distrital Eduardo Pedrosa (UNIÃO) tem defendido o projeto de lei de sua autoria que busca impedir o uso de dinheiro público no financiamento de shows e eventos culturais que, segundo ele, promovam o crime organizado, a pedofilia e o tráfico de drogas. A proposta tem gerado polêmica e dividindo opiniões dentro da sociedade e do setor cultural.

Nas redes sociais, Pedrosa afirmou que há uma tentativa de “enganar a população” para atacar seu projeto, mas argumenta que seu objetivo é garantir que os impostos dos contribuintes não sejam utilizados para financiar espetáculos que romantizem o crime ou incentivem condutas ilícitas. Ele também criticou o uso do termo “cultura periférica” como uma justificativa para esse tipo de financiamento, ressaltando que a comunidade da periferia é trabalhadora e não compactua com a criminalidade.

“Criam narrativas para proteger quem destrói vidas, romantizam o crime, chamam de cultura o que, na prática, destrói sonhos. Isso faz parte de um projeto muito bem definido: manter a população marginalizada, empobrecida e refém do crime, para que continuem dependentes do governo”, afirmou o deputado em uma de suas postagens.

A proposta de Pedrosa se insere em um debate mais amplo sobre o financiamento da cultura e o papel do Estado no incentivo a expressões artísticas. Enquanto seus apoiadores veem a medida como um passo necessário para evitar o uso indevido de recursos públicos, críticos alegam que o projeto pode representar censura e afetar artistas e movimentos culturais que promovem a inclusão e a diversidade.

A polêmica deve se intensificar nos próximos dias, conforme a tramitação da proposta avança na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O projeto ainda precisa passar por comissões temáticas antes de ser votado em plenário.

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