A recente queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrada em fevereiro como a pior avaliação de seus três mandatos, tem impactado as negociações da reforma ministerial em curso. Partidos do Centrão, que inicialmente buscavam ampliar sua participação no governo visando as eleições de 2026, agora reconsideram essa associação devido ao possível desgaste eleitoral decorrente da baixa aprovação do governo. Deputados relataram que a decisão de integrar ou não a base governista está sendo reavaliada, considerando o atual cenário político.
Pesquisas recentes indicam que a desaprovação ao governo Lula atingiu 51,4%, conforme levantamento da AtlasIntel, representando um aumento de 1,6 ponto percentual em relação a dezembro. Além disso, a avaliação positiva entre católicos caiu de 42% para 28%, e entre evangélicos, de 26% para 21%, segundo dados do Datafolha.
Diante desse cenário, líderes partidários demonstram preocupação com o impacto eleitoral negativo que a associação com um governo de baixa popularidade pode acarretar. A reforma ministerial, que antes era vista como uma oportunidade de fortalecimento político, agora é analisada com cautela pelos partidos do Centrão, que temem prejuízos em suas bases eleitorais.
A situação reflete a complexidade das articulações políticas em um contexto de volatilidade na opinião pública, onde alianças e estratégias precisam ser constantemente reavaliadas para minimizar riscos e preservar capital político.