Os números dos Correios são cada vez mais alarmantes e revelam a falência de uma gestão pública que insiste em empurrar a crise com a barriga. Em fevereiro, a estatal acumulou mais um prejuízo de R$ 500 milhões, repetindo o rombo de janeiro e totalizando mais de R$ 1 bilhão em apenas dois meses. O pior de tudo é que, mesmo com esse estrondoso prejuízo, o governo segue sem apresentar soluções concretas para reverter esse quadro.
O valor de arrecadação registrado nos Correios em fevereiro foi de apenas R$ 1,2 bilhão, um número abaixo do esperado, mostrando que a gestão da empresa, que já patina há anos, parece continuar sem rumo. E o governo, ao invés de tomar decisões sérias, como reestruturar a operação ou modernizar os serviços, se limita a promessas vazias e adiamentos de medidas.
A crise nos Correios é um reflexo da total falta de visão estratégica do governo em relação a uma das maiores estatais do país. A reforma tributária de 2024, que aumentou a taxação sobre pequenos pacotes, foi um erro grosseiro que contribuiu diretamente para essa situação. Em vez de buscar alternativas viáveis para enfrentar a concorrência privada, o governo parece apenas esperar que o problema se resolva sozinho, enquanto a empresa sangra dinheiro público.
Com um prejuízo que pode superar os R$ 5 bilhões até o fim do ano, e a falta de uma solução clara, é cada vez mais óbvio que a gestão pública não tem mais condições de manter os Correios de pé. O governo tem se mostrado incapaz de lidar com a crise, e, ao invés de buscar a privatização ou uma reestruturação verdadeira, continua jogando a responsabilidade nas costas do contribuinte, que vai continuar pagando pela ineficiência do Estado.
A situação dos Correios é uma vergonha e uma prova de como o governo não sabe (ou não quer) tomar as rédeas das empresas estatais, permitindo que elas afundem enquanto o dinheiro público é desperdiçado. E o pior é que o povo é quem paga o preço de uma administração que parece não ter a menor preocupação em resolver os problemas do país.