Em 7 de abril de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso, após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) rejeitar os recursos apresentados pela defesa, mantendo a condenação no caso do tríplex do Guarujá. A prisão de Lula, que já era uma figura central e polarizadora da política brasileira, gerou grande repercussão e uma série de manifestações a favor e contra.
Em 10 de maio de 2018, a situação se complicou ainda mais para o petista. A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta pelos ministros Edson Fachin (relator), Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, decidiu por unanimidade manter a prisão de Lula, após a defesa tentar mais uma vez reverter a decisão. A pressão política e o desgaste jurídico em torno do caso se intensificaram, já que a decisão significava que o ex-presidente permaneceria preso, apesar de todos os apelos em contrário.
Lula, que havia sido condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, chegou a ser considerado inelegível para a eleição de 2018, o que afetou sua candidatura.
Foi apenas em novembro de 2019, após uma série de reviravoltas jurídicas, que o então ex-presidente foi solto. A decisão foi resultado de uma manobra do STF, que considerou inconstitucional a execução da pena antes do trânsito em julgado, ou seja, antes de esgotadas todas as possibilidades de apelação. Essa reviravolta gerou novos debates sobre o sistema judiciário e o processo eleitoral no Brasil.