O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, anunciou que o valor inicialmente proposto para a aquisição de 58% do Banco Master, estimado em R$ 2 bilhões, deverá ser reduzido. A decisão ocorre após uma análise mais detalhada dos ativos da instituição paulista, revelando que a transação excluirá um volume significativamente maior de ativos do que os R$ 23 bilhões previamente estimados.
Durante uma teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre do BRB, Costa explicou que a diligência está focada na carteira de crédito do Banco Master. A intenção é adquirir apenas os ativos que se alinham ao perfil de risco e garantias do BRB, como operações com empresas de médio e grande porte, cartões de crédito consignado e serviços de câmbio. Ativos considerados de difícil precificação e baixa liquidez, como precatórios e direitos creditórios, devem ser excluídos da transação.
A proposta do BRB prevê a aquisição de 58% do capital total do Banco Master, incluindo 49% das ações ordinárias com direito a voto. Esse modelo visa dar poder decisório ao BRB sem estatizar completamente o Banco Master. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já se reuniu com representantes do BRB e do BTG Pactual para discutir os termos da transação.
A negociação ainda está sujeita à aprovação do Banco Central, que tem até 360 dias para analisar a operação. No entanto, a expectativa é que a aprovação ocorra em um prazo menor. Enquanto isso, o BRB continua a avaliar os ativos do Banco Master para definir o valor final da aquisição.