No contexto atual, o Brasil parece viver um paradoxo político e social: uma grande parte da população, de forma paradoxal, continua a alimentar um profundo ódio pelas figuras que são tanto aclamadas quanto criticadas. Esse fenômeno está refletido nas constantes manifestações nas redes sociais, onde o discurso de ódio e a polarização atingem níveis elevados. Há um desejo exacerbado de se ver livre da classe política em geral, enquanto, simultaneamente, se observa uma resistência em aceitar mudanças substanciais e reformas que poderiam amenizar esses conflitos.
Esse fenômeno de “amar odiar” tem alimentado uma política de extremos, onde as figuras públicas e os partidos se tornam símbolos de tudo o que é errado, ao mesmo tempo em que continuam a exercer grande influência sobre o destino do país.