O Passarinho Analisa Nomes da Corrida Palaciana

 

1 – Sonhadores da Praça do Buriti

Alguns políticos já se enxergam sentados na cadeira do Buriti. Uns fazem planos, outros só delírios. Tem gente que já encomendou até o terno da posse, sem ao menos ter base eleitoral sólida. O problema é que o ego costuma chegar antes da estrutura — e sem ela, o tombo é certo.

2 – Paula precisa de tropa

Paula Belmonte tem nome conhecido, uma trajetória que gera respeito e uma boa presença em segmentos da sociedade brasiliense. Mas isso tudo pode virar fumaça se ela não construir um grupo político de verdade. Um projeto majoritário exige mais do que boa intenção — exige gente que vá pra rua, que defenda, que entre no embate e carregue a bandeira junto com ela.

3 – Voo solo e teto baixo

Paula é o típico caso do político que agrada, mas que ainda precisa reunir soldados. A política no DF exige musculatura coletiva. O eleitor está mais atento, os bastidores são duros e os adversários, preparados. Ninguém chega ao segundo turno sozinho. E se chegar, é por sorte — e não por estratégia.

4 – Sem grupo, sem litoral

Na política, ser bom de fala ou ter ideias bonitas não basta. O candidato precisa estar cercado de quem acredita no projeto, topa botar a cara na rua e enfrenta as intempéries do processo eleitoral. Sem um grupo orgânico, engajado e leal, o risco de ficar pelo caminho é altíssimo.

5 – Fred Linhares e a boa imagem

Fred Linhares é um exemplo raro de político vindo da mídia que não se queimou. Conseguiu manter um discurso equilibrado, sem cair nas armadilhas do populismo ou da lacração vazia. Isso conta a favor dele. Mas, como no caso de Paula, também falta a ele um time para dizer “vamos juntos”.

6 – Mesmo problema, nome diferente

Fred tem uma imagem respeitada e é bem avaliado entre os mais moderados. Mas o problema que o ronda é o mesmo de muitos: ainda não tem uma base política clara, nem lideranças que comprem de fato sua candidatura. Ninguém vence eleição com curtidas e sorrisos — é preciso articulação, presença e gente comprometida.

7 – Antes que os emocionados ataquem

Aos fãs e cabos eleitorais de plantão: essas observações não são críticas vazias, são análises políticas. Quem parar para refletir vai entender que estamos falando de estrutura e viabilidade — e não de simpatia ou torcida. Política não é torcida organizada, é cálculo com coração.

8 – Reguffe: o rei do voo solo

O ex-senador Reguffe é o maior exemplo do voo solo na política do DF. Conquistou o respeito de muita gente, mas nunca construiu um time em torno de si. Quando precisou de suporte, não tinha com quem contar. Ficou sozinho. Foi uma trajetória bonita, mas que mostra o limite de quem não forma alianças.

9 – Damares e o manual da pré-campanha

Já Damares Alves entendeu rápido a lógica do jogo. Está se cercando de aliados, conversando com lideranças locais e preparando um exército de distritais e federais para lançar. Ela entendeu que quem quer disputar majoritária precisa construir uma estrada antes de acelerar o carro.

10 – Ibaneis e sua tropa fiel (ou quase)

O governador Ibaneis Rocha também não dorme no ponto. Já costura sua reeleição indireta com alianças, tanto no campo político quanto no pessoal. Sabe que precisa de gente com mandato para manter influência — mas também sabe que alguns desses aliados são vaidosos demais e não contam o que realmente está acontecendo nas ruas.

11 – Adulação: a moeda da corte

Tem político que vive cercado de aduladores. Não ouve a realidade, só elogios. E isso é uma armadilha. Quando a campanha começa, o choque é grande. Porque o povo que aplaudia nos bastidores some, e o eleitor não perdoa quem vive no mundo da fantasia. Na política, quem não ouve a verdade, dança bonito.

12 – PT em crise de grupo

O PT-DF, que já foi uma máquina eleitoral, hoje patina na formação de grupos sólidos. Tem nomes fortes, mas falta coesão. Tanto que perdeu espaço para o PSOL e o PSB, que têm construído pontes e atraído novas lideranças. Sem unidade, o partido vai continuar perdendo território.

13 – Amor tardio pelo DF

De uma hora pra outra, brotou um monte de apaixonado pelo DF. Gente que nunca pisou numa feira livre agora fala de povo, periferia e transporte público. É bonito ver tanto amor assim… só que de última hora. Vai ver, bateram o olho nas pesquisas e descobriram que o povo existe.

14 – Influencers, curtidas e a dura realidade

Prepare-se: vai chover influencer se lançando candidato. Mas quando a pancada da realidade bater, nem filtro do Instagram vai resolver. Porque curtida não vira voto, engajamento não paga santinho e a urna cobra o que o story não entrega: consistência.

15 – Cléber Barreto e a cobiça do PSD

Cléber Barreto é nome em ascensão no DF. O PSD, sob o olhar clínico de Paulo Octávio, já sinalizou interesse. E com razão. Cléber tem discurso, tem presença e vem crescendo de forma orgânica. Se filiar ao PSD pode ser o empurrão que faltava para entrar forte no jogo.

16 – Siga o líder (ou pelo menos o Instagram)

Quer continuar acompanhando esses bastidores, rir um pouco e entender a política sem enrolação? Me siga no Instagram: @EuOdir. Política com leveza, ironia e aquele toque de bastidor que ninguém te conta.

17 – As ex que viraram pré

E prepare-se para um novo fenômeno: as ex-mulheres candidatas. Tem gente lançando ex só pra atrapalhar a votação do ex-marido político. A vingança agora tem santinho, jingle e tempo de TV. Brasília é novela, mas a política é reality sho

Pensamento do Dia

“Quem quer governar precisa primeiro saber liderar. E quem lidera sozinho, comanda ninguém.”

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