O Partido Progressistas (PP) e o União Brasil estão nos ajustes finais para anunciar, na próxima terça-feira, a criação de uma federação partidária que unirá oficialmente as duas siglas sob o nome “União Progressista”. Com a junção, o novo grupo se tornará a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 108 parlamentares, além de reunir 13 senadores, consolidando-se como uma força decisiva no Congresso.
A costura da federação prevê um rodízio no comando da nova legenda unificada. O PP deverá indicar o presidente no primeiro ano, e o nome mais cotado é o do deputado Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara. Lira teria imposto a condição de que a federação fosse presidida inicialmente por um membro do seu partido, como garantia de equilíbrio no processo.
Pelo lado do União Brasil, o presidente da sigla, Antônio Rueda, e o vice-presidente ACM Neto se reunirão com a bancada para alinhar as últimas decisões antes do anúncio oficial. O movimento tem forte apelo estratégico, principalmente de olho nas eleições de 2026.
Lideranças envolvidas acreditam que a federação não apenas reforça a capacidade de articulação política no Congresso, mas também aumenta o poder de barganha nas negociações com o Executivo. Apesar de haver divergências regionais entre as duas siglas, o entendimento é de que o diálogo interno permitirá superar essas diferenças.
A criação da União Progressista representa um novo capítulo no reordenamento das forças políticas nacionais, unificando grupos de centro-direita que pretendem disputar protagonismo nas pautas do Legislativo e nas próximas eleições presidenciais.
