Crise no INSS: impacto na imagem do governo pode superar o caso do Pix

A bomba-relógio da aposentadoria dos servidores (Foto: Agência Brasil)

 

A descoberta de um esquema de fraude no INSS envolvendo benefícios previdenciários tem gerado forte preocupação no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a jornalista Andréia Sadi, ministros avaliam que o impacto político do caso pode ser até mais danoso para o governo federal do que as polêmicas envolvendo golpes com o sistema Pix.

Segundo interlocutores do STF, a dimensão da fraude — que envolve pagamentos indevidos de benefícios e aposentadorias — atinge diretamente uma das áreas mais sensíveis para a população: a seguridade social. Enquanto o Pix é uma ferramenta tecnológica cuja segurança é constantemente aprimorada pelo Banco Central, os golpes no INSS revelam fragilidades históricas no controle e fiscalização de recursos públicos.

O governo Lula tem sido pressionado a apresentar respostas rápidas para conter a crise. Integrantes da equipe econômica e do Ministério da Previdência já começaram a discutir medidas emergenciais, incluindo o fortalecimento de mecanismos de controle e auditoria interna. A expectativa no STF é que o Executivo mostre pulso firme para evitar um desgaste prolongado junto à opinião pública, especialmente entre aposentados e pensionistas.

Nos bastidores do Supremo, o entendimento é de que a percepção de desorganização ou permissividade em um setor tão simbólico quanto o INSS pode corroer a credibilidade do governo e abrir espaço para críticas tanto da oposição quanto da base aliada.

Ministros avaliam ainda que a comparação com os golpes do Pix revela o quanto a população está atenta à vulnerabilidade dos sistemas públicos. Porém, enquanto os bancos rapidamente reforçam a segurança digital, o Estado precisa lidar com estruturas antigas, muitas vezes suscetíveis a fraudes internas.

Diante desse cenário, o Planalto trabalha para evitar que a crise no INSS se transforme em um novo foco de desgaste político.

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