A ausência simultânea do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ambos em compromissos no exterior, abriu espaço para a oposição intensificar articulações em torno de pautas sensíveis que desafiam o Palácio do Planalto.
Entre os principais focos da movimentação estão a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no INSS e a análise de projetos de anistia a manifestantes presos por atos em 8 de janeiro de 2023.
A proposta de CPMI tem ganhado força após denúncias de que descontos associativos indevidos e irregularidades em empréstimos consignados possam ter atingido milhões de beneficiários da Previdência, com um prejuízo estimado em R$ 6 bilhões. A oposição pressiona pela apuração detalhada e por responsabilizações, numa tentativa de desgastar o governo federal diante de uma crise que afeta diretamente aposentados e pensionistas.
Já o avanço de projetos de anistia também gera desconforto no Planalto, que tenta conter o movimento em defesa de presos. Parlamentares governistas classificam a pauta como uma afronta à democracia e uma tentativa de revisionismo político.
Sem a presença dos principais articuladores governistas no Congresso, a oposição vê uma janela de oportunidade para acelerar articulações e consolidar apoios.