1 – Resolver para gerar mais demanda
O chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, entendeu rápido: na política, quando você resolve um problema, surgem outros três. A decisão do GDF de incluir o estudo técnico para a regularização do Setor de Inflamáveis no PDOT foi um golaço administrativo. Só que, no bastidor, o efeito é imediato — abrir uma frente de solução é como chamar mais demandas para o colo. E o meio político adora: cria-se a imagem de quem decide, mas também a de quem precisa decidir ainda mais.
2 – Bastidores inflamáveis
A possível regularização do Setor de Inflamáveis virou o assunto preferido entre urbanistas, ambientalistas e, claro, políticos de plantão.
O X da Questão
Tem quem veja na decisão do GDF uma forma de destravar investimentos e, também, de ganhar simpatia em setores que antes viam o governo como inerte. Só que, como bem sabe Gustavo Rocha, quem abre a porta para resolver um problema, logo encontra fila dobrando a esquina.
3 – A política é uma fábrica de pedidos
Nos corredores do Buriti, o comentário é um só: Gustavo Rocha está aprendendo a lição mais valiosa da política. Quanto mais rápido se resolve, mais rápido chega a próxima demanda. E, nesse ritmo, o PDOT vai virar um mapa de desejos de toda Brasília — cada grupo querendo ver sua pauta regularizada ou priorizada. No fim, a política é isso: uma fábrica incessante de pedidos.
4 – A vitimização como escudo
Vamos a algumas ponderações sobre os tempos de hoje. Muita gente, ao ser criticada, rapidamente alega perseguição por cor, gênero ou qualquer outra identidade. “Só me criticaram porque sou mulher”, “Só falaram porque sou negro”… E por aí vai. Às vezes, a explicação é mais simples: a pessoa é apenas péssima no que faz — política ou profissionalmente.
5 – Quando a crítica vira censura
É curioso observar como, muitas vezes, essa vitimização vira uma nuvem para censurar outras pessoas. Ninguém pode observar, criticar ou opinar, pois será tachado de preconceituoso. Mas a política não combina com essa blindagem emocional. Quem entra nesse jogo precisa ter a casca grossa e saber separar crítica legítima de ofensa.
6 – Cesta básica não é estratégia, é obrigação
Dica para quem está entrando na política: esse negócio de usar cesta básica como moeda política está mais do que ultrapassado. Já tem gente se lascando com esse tipo de prática velha e desgastada. Doar cestas, ajudar alguém, deve fazer parte da vida pessoal, não de uma plataforma eleitoral.
7 – Ajuda mal feita vira queimação
conta não fecha: se promete e não entrega, vira queimação pública e ainda ganha o carimbo de oportunista. Foi o que aconteceu em São Sebastião, onde disseram que alguém prometeu cestas para 100 famílias… e nada. Ajuda verdadeira é aquela silenciosa: o que a mão direita faz, a esquerda não precisa saber.
8 – Esbanjadores e 171s à solta
Em tempos de crise, ninguém pode ver um esbanjador que já parte pra cima com a maior fome do mundo. E, claro, sempre aparece um 171 querendo faturar em cima. A política, como a vida, está cheia deles — é preciso olho vivo, discurso afinado e, acima de tudo, coerência entre fala e prática.
9 – Para a reeleição: 25 mil votos ou mais
Os deputados distritais que pretendem tentar a reeleição precisam ficar bem atentos. Para não depender de sobra, coeficiente ou coligação milagrosa, a contagem segura é de 25 mil votos para cima. A diminuição no número de partidos está afunilando tudo — e quem vacilar pode dançar bonito.
10 – Para quem quer entrar, a conta é a mesma
Quem não tem mandato e quer entrar na Câmara Legislativa também não terá vida fácil. A conta é a mesma: 15 mil votos, no mínimo. E vai ser aquela clássica de local certo, hora certa, discurso afiado e, principalmente, uma nominata bem organizada. Sem isso, esquece.
11 – O silêncio estratégico de Flávia Peres
Nos bastidores, muitos partidos sonham em ter Flávia Peres como candidata a deputada federal em suas chapas. Só que Flávia está quieta. E, pelo visto, quieta continuará. Quem a conhece sabe: quando ela decide falar, não é para fazer barulho, mas para fazer estrago.
12 – Likes não são votos
Tem pré-candidato que quis aparecer demais… e começou a perder. Bastou dar cinco piscadas para perceber: lacrar no Instagram não dá a popularidade desejada. Garante, no máximo, alguns likes e meia dúzia de compartilhamentos, mas voto mesmo… esse não vem com dancinha e frase de efeito.
13 – Tubarões órfãos de partidos
Os partidos grandes estão lotados, e os partidos médios estão fechando as portas para os chamados “tubarões de nominata” — aqueles que querem surfar em qualquer legenda para garantir sobrevida política. Mas aqui cabe uma reflexão…
14 – E se o tubarão tiver queda?
Já pensou se o tubarão tiver uma queda brusca de votação? Vale lembrar: hoje está fácil prever quais deputados vão ter queda nas urnas. É só ter o olhar bem atento. E mais: não são poucos. Tem parlamentar que nem percebeu, mas já começou a perder lastro político — só vai perceber quando for tarde.
15 – Causo: o figurão que veste bem, mas vota mal
E já que falamos de tubarões, nominatas e esbanjadores… vai aqui outro causo fresquinho da política do DF. Um sujeito que vive de terno caro, anda com pose de quem “já é deputado”, fala com ar de autoridade e ostenta um padrão de vida de dar inveja a muito executivo. Só tem um pequeno problema: quando o assunto é voto… é uma negação. Já tentou, já gastou, já articulou, mas na hora do “vamos ver” não passa nem perto. Aquele típico caso do político que compra a embalagem, mas não investe no conteúdo.
16 – O esbanjador que perdeu tudo
E para encerrar, mais um causo recente da política do DF. Um figurão, que adorava ostentar carros de luxo, festas e viagens internacionais, resolveu se lançar como pré-candidato. Achou que o nome e o estilo “ostentação” iam encantar. Resultado: gastou uma fortuna para montar pré-campanha, fez reuniões, comprou apoio… e hoje está mais quebrado que arroz de terceira. O pior: perdeu dinheiro, perdeu aliados e ganhou fama de “candidato piada”. Moral da história: na política, esbanjar é mais perigoso que faltar.
Pensamento do dia:
Na política e na vida: quem fala demais, tropeça na própria língua; quem esbanja demais, tropeça na própria vaidade.