Deputado alerta para riscos à saúde e ao meio ambiente e critica escolha de região periférica para instalação
Durante discurso na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (22), o deputado federal Prof. Reginaldo Veras (PV-DF) se posicionou contra o projeto do Governo do Distrito Federal (GDF) que prevê a instalação de uma usina termoelétrica na região de Samambaia. O parlamentar classificou a proposta como uma ameaça ambiental e social, e acusou o Executivo local de desrespeitar os princípios da justiça socioambiental ao escolher uma área densamente habitada da periferia para a construção.
Segundo Veras, o empreendimento é de responsabilidade da empresa Termo Norte Energia Ltda. e está vinculado à Lei nº 14.182/2021 — que trata da desestatização da Eletrobras e obriga a contratação de termelétricas movidas a gás natural em áreas sem infraestrutura energética. Para o deputado, a medida vai na contramão do combate às mudanças climáticas e pode trazer sérios impactos negativos à população de regiões como Samambaia, Ceilândia e Sol Nascente.
“É possível gerar crescimento econômico com respeito ao meio ambiente. O que não podemos aceitar é poluição e fumaça sendo direcionadas às áreas mais pobres do DF. Se fosse no Plano Piloto, essa proposta jamais avançaria”, afirmou Veras. “Fumaça na cara do rico ele não tem coragem não, mas na cara do povo pobre, da periferia, ele tem”, completou.
O parlamentar também denunciou que o terreno previsto para a construção da usina pertence à Escola Classe Guariroba, em Samambaia. Inaugurada há menos de oito anos com recursos de emenda parlamentar do próprio deputado, a unidade atende mais de 500 crianças da comunidade. “O governo quer botar a escola no chão para instalar uma usina termoelétrica. Isso é inadmissível!”, criticou.
Além do impacto social, Veras destacou riscos ambientais como desmatamento, consumo excessivo de água e emissão de poluentes. Ele prometeu mobilizar a bancada ambientalista e comunidades afetadas para impedir a implantação do projeto. “O Partido Verde vai lutar por desenvolvimento sustentável, geração de riqueza e preservação do meio ambiente. Não aceitaremos essa injustiça.”
