Transações suspeitas

Duas empresas ligadas ao empresário e ex-vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, movimentaram cerca de R$ 1 bilhão em transações financeiras consideradas suspeitas entre 2019 e 2021. A informação consta em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que integra o inquérito da Polícia Federal sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A notícia foi dada com exclusividade pelo Metrópoles.

A empresa Paulo Octávio Investimentos Imobiliários movimentou R$ 911 milhões entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2020. Já a Paulo Octávio Imobiliária e Administradora movimentou R$ 130,1 milhões ao longo de 2021. O relatório do Coaf não detalha os remetentes ou destinatários das transações, mas aponta indícios de lavagem de dinheiro e outras irregularidades.

Segundo o Metrópoles, as investigações indicam que as empresas de Paulo Octávio mantiveram relações comerciais com pessoas envolvidas nas fraudes ao INSS, entre elas Milton Salvador de Almeida Júnior, sócio do lobista conhecido como “careca do INSS”, Antônio Carlos Camilo Antunes. Milton é sócio de Paulo Octávio há quase vinte anos e figura em empresas suspeitas de pagar propina a servidores do instituto para garantir vantagens em esquemas de descontos indevidos em benefícios previdenciários.

A assessoria do empresário declarou que nenhuma empresa do grupo é parte no processo investigado e que as movimentações financeiras nunca foram objeto de questionamento legal.

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