A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) realizou nesta semana uma audiência pública para debater o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026. Durante a apresentação do PL nº 1.742/2025, foi destacada a projeção de crescimento das receitas próprias do Distrito Federal em 10,1% e do Fundo Constitucional em 10,7%.
As receitas correntes, que refletem a arrecadação própria, devem atingir R$ 43,9 bilhões no próximo ano, um aumento de 9,3%. Desse total, a arrecadação com impostos, taxas e contribuições de melhoria pode chegar a R$ 27,5 bilhões, um salto de 11,8% em relação ao valor projetado para 2025. “É uma perspectiva positiva porque a gente entende que é um cenário com crescimento da arrecadação superior à inflação”, avaliou Luiz Paulo de Carvalho Moraes, chefe da Unidade de Processo e Monitoramento Orçamentários, responsável pela apresentação dos dados.
O Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), por sua vez, deve crescer R$ 2,6 bilhões, totalizando R$ 27,7 bilhões. Com isso, a receita total estimada para o DF em 2026 ultrapassa R$ 71,7 bilhões, crescimento de 11,2%.
Apesar do cenário otimista na arrecadação, a proposta da LDO aponta um resultado primário negativo: o déficit projetado é de R$ 1,5 bilhão, o maior desde 2015. O resultado primário considera apenas receitas e despesas não financeiras, excluindo empréstimos, juros e amortizações.
O desafio agora é equilibrar o crescimento da receita com a contenção de despesas, para evitar que o avanço nas arrecadações seja neutralizado pelo aumento do endividamento.