O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a liberação de R$ 667 milhões em emendas parlamentares com o objetivo de fortalecer a base aliada no Congresso Nacional. Os recursos foram liberados entre o sábado (14) e a terça-feira (17), após o encontro do presidente com ministros e líderes parlamentares.
Principais destinações e contexto
A maior parte dos recursos, cerca de R$ 535 milhões, foi destinada à saúde, incluindo emendas conhecidas como “panetone”, acordadas no final de 2024 como parte da negociação para aprovação do pacote fiscal.
A liberação vinha sendo retardada por conta da sanção tardia do Orçamento de 2025 e da exigência de novas regras do STF, como a abertura de contas bancárias específicas e a apresentação de planos de trabalho.
Comparativo com 2024
Apesar do avanço deste mês, o volume liberado até agora ainda está bem abaixo dos R$ 35 bilhões empenhados no mesmo período em 2024. O Planalto planeja disponibilizar até R$ 2 bilhões até o final de junho para evitar desgastes com parlamentares.
Por que isso importa?
A liberação de emendas parlamentares aponta para uma estratégia tradicional de fortalecimento político: garantir apoio no Congresso em troca de recursos para base eleitoral.
No entanto, a diferença entre os valores deste ano e do ano passado evidencia desafios na execução orçamentária e pressões políticas internas.