Federação Solidariedade–PRD: Nasce uma nova força com ambições majoritárias no DF

A formalização da Federação Solidariedade–PRD no Distrito Federal não é apenas um movimento burocrático entre dois partidos de médio porte. Nos bastidores, a avaliação é de que a federação marca o início de um projeto político com pretensões claras de protagonismo nas eleições de 2026.

Reguffe e Everardo: dupla que comanda a engrenagem

Dois nomes despontam como os principais articuladores dessa nova construção: o ex-senador Reguffe e o advogado Everardo Gueiros. Ambos têm perfis distintos, mas complementares. Reguffe, com capital político e recall eleitoral, carrega a bandeira da ética e da boa gestão pública. Já Everardo, com trânsito jurídico e político, tem sido a peça-chave na organização interna e na costura das nominatas.

Internamente, o grupo evita falar abertamente em candidaturas, mas o discurso de bastidor é claro: a federação nasce para disputar o Palácio do Buriti. A dúvida, por ora, é quem será o nome.

Terceira via ou nova composição?

Entre os analistas locais, o nascimento da federação levanta a pergunta: o grupo conseguirá de fato construir uma terceira via competitiva ou será uma força auxiliar em uma composição mais ampla no segundo turno? O histórico eleitoral de Reguffe dá fôlego ao projeto, mas o desafio agora é estruturar uma base de apoio sólida nas regiões administrativas e construir um discurso que dialogue com um eleitorado hoje dividido entre direita consolidada e uma esquerda que também tenta se reorganizar.

O desafio das nominatas

Outro tema que ronda os bastidores é o tamanho da nominata distrital e federal que a federação conseguirá montar. O tempo é curto e os partidos grandes já avançaram bastante na formação de seus quadros. A federação precisará atrair nomes com votos e estrutura de campanha para garantir performance mínima e acesso ao fundo eleitoral.

Expectativas e próximos passos

O discurso oficial é de esperança e renovação. Nas conversas de corredor, os aliados falam em “novo tempo” e “projeto com propósito”. Mas a leitura fria do cenário aponta que o sucesso da federação vai depender da capacidade de Reguffe e Everardo articularem alianças estratégicas, atraírem nomes competitivos e, principalmente, se posicionarem como uma alternativa real no debate político do DF.

Por enquanto, o movimento dá seus primeiros passos. Mas a largada já foi dada. E o meio político está de olho nos próximos movimentos.

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