Há tempos o pré-candidato ao Governo Jofran Frejat vem dando passos em direção ao isolamento.
Nas negociações junto ao grupo de seu campo político, o ex-secretário de Saúde é intransigente. Não assume compromissos, não abre espaços, não negocia seu projeto de poder.
Em recente reunião com presidentes de partido, o candidato do PR chutou o balde: bateu na mesa e exigiu que saísse da reunião já indicado como o candidato do grupo. Nesta segunda-feira, 26, ao jornalista Caio Barbieri ( leia aqui), acusou os membros de sua articulação de não cumprirem o acordo de que o grupo lance o melhor candidato sob a perspectiva de pesquisas. Ora, foi Frejat que fez isso!
Fraga, Izalci, Alírio e Paulo Octávio já davam sinais de que não estavam mais tolerando o comportamento do velho médico. Tadeu Filipelli, no entanto, mantinha a sustentação da chapa, por acreditar que indicaria o candidato a vice.
De certa forma o pleito é justo: traria para a coligação dois partidos gigantes: PMDB e Progressistas (PP). Todavia, em mais uma demonstração inequívoca de sua condição de ilha política, a entrevista de Frejat ao CB Poder ( veja aqui) implodiu a articulação do grupo.
Parece conversa de doido: Frejat, que tentou se impor candidato, reclama de seus pares que estão na mesma condição. É parecido com o trombadinha que bate a carteira e grita “pega ladrão”. Afirmou com todas as letras que não pode confiar no grupo, acusando-os de algo que ele mesmo cometeu!
Sutilmente, Frejat negou seus criadores, Roriz e Arruda. Ao relatar conversa com os políticos de direita, quando instado a abrir a vice-governadoria em sua chapa, insinuou que os seus aliados são ficha suja, provocando risos em seus entrevistadores. Admitiu claramente que tem conversado com políticos não identificados por seu campo político histórico.
Declarou que Joe pleiteia estar em sua chapa e, quando Ana Maria Campos afirmou que Filipelli tem a intenção de indicar seu vice, soltou a pérola: “de gente de boa intenção o inferno está cheio”.
Hoje Jofran Frejat é uma locomotiva descarrilhada e sem vagões. Não há quem possa colocar a direita nos trilhos.
Fonte: Redação