A Bola Está Com os Partidos Grandes

Quem realmente manda no jogo

No xadrez político do Distrito Federal, muita gente acha que é o eleitor quem manda. Na teoria, sim. Mas na prática, quem controla o jogo são os grandes partidos. MDB, União Brasil, PP, Republicanos, PL e a federação que sustenta o governo federal são os donos da bola. O PT, mesmo sem estar no centro das decisões locais, ainda corre por fora com sua máquina federal e militância barulhenta.

Buriti: sonho para poucos

Quem sonha em disputar o Palácio do Buriti precisa encarar a realidade: ou já é um nome fortíssimo, com recall e articulação própria, ou precisa se escorar numa dessas máquinas partidárias. Fora desse ecossistema, a chance é mínima, quase inexistente. Política, hoje, é força coletiva — e os partidos sabem muito bem disso.

Prioridade é federal

E engana-se quem acha que esses partidos estão dispostos a arriscar tudo num nome “meia boca” para governador. A prioridade deles, cada vez mais explícita, é fazer deputados federais. As cadeiras na Câmara garantem recursos para o partido, sustentação local e relevância nacional. O resto é bônus.

Fora dos grandes, nada além do barulho

Muita gente gira em torno de nomes fora desse circuito e esquece que quase não existe vida política real além dos grandes. O resto das siglas vive de aluguel e favores, sem musculatura para disputar pra valer. Para alguém ter chance, além de ser bom, precisa estar permanentemente em evidência — mesmo que criticado. Sim, os partidos escolhem quem você vai escolher no fim.

Baixíssimo escalão: a arquibancada iludida

E um recado duro, mas necessário: a maioria dos que vivem de política — ou dizem viver dela — são de baixíssimo escalão. Não têm voto, não têm poder de decisão e muito menos relevância para mudar alguma coisa. São apenas torcedores com acesso ao vestiário, nada mais.

Se os grandes se unirem…

Se os grandes partidos decidirem se unir em torno de um nome médio para cima, as chances de vitória são enormes. Porque a máquina é pesada, a estrutura é imbatível e o eleitor acaba votando nos nomes que os partidos colocam na prateleira.

A vitrine é cheia, mas o estoque é deles

No final das contas, a democracia brasileira continua com essa ironia: a vitrine parece cheia, mas quem controla o estoque é a meia dúzia de partidos grandes. O resto é ilusão para ingênuo ver.

 

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