Cenário para o Senado no DF: Ibaneis e Michelle dominam um jogo ainda aberto

A corrida pelas duas vagas ao Senado Federal pelo Distrito Federal em 2026 já começa a mostrar um embate interessante entre dois pesos pesados da política local: Michelle Bolsonaro e Ibaneis Rocha. É o que aponta a pesquisa realizada entre 11 e 13 de julho de 2025 com 1.000 entrevistados do DF.

Os números revelam um favoritismo inicial de Michelle, mas também a força competitiva do atual governador Ibaneis, em um cenário ainda fragmentado e imprevisível. Dados do Instituto Opinião 

 

Duas vagas em disputa

Diferentemente das eleições para governador, em que cada eleitor escolhe apenas um candidato, em 2026 os brasilienses poderão votar em dois nomes para o Senado. Por isso, a pesquisa apresentou aos entrevistados a possibilidade de indicar duas opções.

No resultado consolidado (soma dos dois votos), Michelle Bolsonaro aparece na frente com 29%, seguida por Ibaneis Rocha com 22,1%, mostrando que o governador já desponta como um dos favoritos para conquistar uma das vagas. Logo atrás aparecem Leila do Vôlei (20,9%), Fred Linhares (18,9%), Erika Kokay (16,2%), Bia Kicis (15,1%) e Reguffe (11,9%). Outros nomes como Paula Belmonte (4%) e Sebastião Coelho (3,5%) têm desempenhos mais discretos. Um dado importante é que 36,7% dos entrevistados ainda não sabem em quem votar ou não responderam.

Ibaneis Rocha entra no jogo

Ibaneis Rocha mostrou mais uma vez sua habilidade política ao figurar como terceira escolha no primeiro voto, com 10,4%, e somar 22,1% quando consideradas as duas opções — um desempenho que o coloca como nome fortíssimo para herdar uma das cadeiras. Ele tem desempenho expressivo entre eleitores com ensino superior, renda mais alta e católicos, além de ter consolidado sua imagem de gestor.

Sua estratégia, porém, será fundamental para não perder terreno para Michelle Bolsonaro, que larga bem apoiada no bolsonarismo.

Michelle Bolsonaro capitaliza no bolsonarismo

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é, por ora, a favorita para uma das vagas. Sua força é notória entre os evangélicos — com 30,6% no primeiro voto — e entre os eleitores mais velhos, onde lidera com 26,9%. Essa associação direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro ainda mobiliza um eleitorado fiel, mas sua grande rejeição em alguns segmentos pode abrir espaço para adversários.

Os outros na disputa

Leila do Vôlei (20,9%) e Erika Kokay (16,2%) disputam o espaço no campo da esquerda e centro-esquerda. Leila tem bom desempenho entre jovens e moderados, enquanto Erika é mais lembrada por mulheres e eleitores sem religião.

Fred Linhares surge como surpresa competitiva, com 18,9% na soma dos votos e 12% no primeiro voto, sustentado principalmente entre jovens e evangélicos. Já Bia Kicis (15,1%) e Reguffe (11,9%) correm por fora, apostando em nichos mais específicos.

Moral da História

O Senado no DF em 2026 promete ser um duelo de gigantes. Michelle Bolsonaro larga bem, mas Ibaneis Rocha já mostra que tem capital político e musculatura para não apenas competir, mas também ameaçar a liderança.

Os dois já despontam como os principais nomes para as vagas. Enquanto isso, Leila, Fred e os demais brigam para conquistar espaço e capitalizar a alta taxa de indecisos. Em política, não basta sair bem na foto — é preciso resistir até o fim para não ficar de fora.

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