A pesquisa eleitoral para 2026 jogou luz sobre a corrida pelo Buriti e pelas duas vagas ao Senado. E Brasília, como sempre, virou um grande teatro, com aplausos, vaias e muito indeciso na plateia. O Passarinho foi lá, bicou os números e volta com 20 notas recheadas de humor e bastidores para você não perder o fio dessa trama.
1 – Celina: a mais votada e a mais rejeitada
Ela lidera a corrida ao Buriti com 27,5% na estimulada. Mas também é campeã na rejeição, com 15%. É aquela candidata que ninguém ignora: se não é para amar, é para falar mal. E assim segue, num namoro de altos e baixos com Brasília.
2 – Ibaneis em todos os lugares
O homem aparece no páreo para governador e para senador, como quem distribui currículo e cartão de visita ao mesmo tempo. Se vai para a urna ou não, só ele e o grupo dele sabem. Mas ninguém ousa riscar o nome dele do caderninho.
3 – Michele: a musa da direita
Com 21% para o Senado no primeiro voto, Michele Bolsonaro não precisa nem discursar para liderar. É querida pelo eleitorado evangélico e respeitada pelos demais. Se decidir entrar de cabeça, a direita já tem quem levar no colo.
4 – O partido dos indecisos
Brasília tem um partido poderoso chamado “Não Sei”. São 65% sem voto definido para governador e mais de 36% sem saber quem merece a cadeira no Senado. Até a urna abrir, esse povo vai se alimentar de fake news e promessa boa.
5 – Fred Linhares: silencioso e perigoso
Com 21,2% para governador, ele se consolida como segunda força sem gritar, sem polemizar, sem se queimar. Ainda tem baixa rejeição, o que é quase milagre em tempos de ânimos exaltados.
6 – Leila do Vôlei: ainda na quadra
Ela aparece entre os nomes para o Senado, com bons números em alguns setores, mas ainda não empolga geral. Continua na disputa, com a esperança de que a bola caia dentro no final.
7 – Ricardo Cappelli: discreto demais?
Mesmo com toda a exposição no governo federal, ele não consegue decolar entre os eleitores locais. Tem 6,9% para governador e a impressão de que ainda precisa se apresentar melhor.
8 – Paula Belmonte: fiel ao script
Para governador, só 4,2%, e para o Senado, 1,8%. Mesmo assim, insiste no discurso de que trabalho sério vai brilhar. É persistente — e isso já é uma qualidade em Brasília.
9 – Coronel Moreno: mais rejeitado que lembrado
Com 10,5% de rejeição, ele não consegue transformar patente em carisma. Até agora, só incomodou a base sem conquistar voto suficiente para ser protagonista.
10 – Leandro Grass: ah! Se o estrangeiro não aparecesse…
Grass mantém números estáveis, com 9,3% na estimulada para governador, mesmo diante da pulverização da esquerda. É querido por militantes, e muitos acreditam que, não fosse a entrada do “estrangeiro” carioca com sobrenome de molho, estaria bem mais confortável na disputa.
11 – Reguffe: sumido, mas presente
Mesmo quieto no Lago Norte, ainda aparece com 5,8% para o Senado. Ele é como aquele ex que some das redes sociais, mas você ainda se lembra quando olha para trás.
12 – Bia Kicis: a artilheira da direita
Com 6,9% para o Senado, Bia mantém a base animada e ainda consegue botar medo nos adversários só de ser citada.
13 – Erika Kokay: militância fiel
Ela não lidera, mas continua com sua turma firme, garantindo 10% para o Senado. Uma base pequena, mas barulhenta.
14 – Sebastião Coelho: a zebra da vez
Com 2,1% para o Senado, prova que sempre tem espaço para uma surpresa. É pouco, mas já vale como moral de história para quem não desiste.
15 – Idosos: fidelidade acima de tudo
Entre os eleitores com mais de 60 anos, Celina tem força extra. O eleitor mais velho parece preferir rostos já conhecidos — mesmo que às vezes cansados.
16 – Bolsa Família: voto descontente
Entre quem recebe o benefício, só 40% aprovam a atual administração. Gratidão tem limite, e a conta no mercado não perdoa.
17 – Ibaneis: avaliado, mas não esquecido
Mais da metade ainda aprova sua administração, mas uma parcela significativa já não suporta mais. Em Brasília, isso é praticamente um elogio.
18 – Evangélicos: já escolheram
Eles tendem a caminhar com Michele no Senado e Celina no Buriti. E dizem amém sem muita dúvida.
19 – Católicos: cada um por si
Divididos como sempre, cada pedaço do eleitorado católico aponta para um lado. Nenhuma unanimidade à vista.
20 – Brasília: indecisão institucionalizada
Um terço da capital ainda não decidiu nada. A dúvida virou patrimônio imaterial da cidade — e a política agradece pela audiência.
Pensamento do dia:
“Em Brasília, ninguém ganha eleição sozinho. Mas muita gente perde sozinha.”