Um Passarinho Me Contou: Quem não aguenta bastidor, não deveria entrar no palco

 

Nos bastidores da política e da sociedade de Brasília, ninguém dorme. Se não é pelo que se diz, é pelo que não se diz — e este colunista não perdoa nenhum cochilo.

1 – Pesquisa que desaponta

O Instituto Pesquisa Opinião conseguiu um feito raro: desagradar praticamente todos os atores políticos ao mesmo tempo com seu último levantamento. A sensação é que a régua dessa vez estava bem torta.

2 – MDB com Passamani

E por falar em régua, o MDB já mede o terreno contando com Marcella Passamani como candidata — seja a distrital ou federal. O partido não cogita, de forma alguma, deixá-la de fora das urnas em 2026.

3 – Reguffe ainda assombra

Falando em pesquisa, ninguém entendeu muito bem a aparição do ex-senador Reguffe na lista. Nem ele mesmo, segundo aliados. Uma injustiça com nomes que estão no jogo de verdade.

4 – Arruda precisa ser medido

Mesmo inelegível, José Roberto Arruda continua sendo uma figura que mexe com o eleitorado. Pesquisas que não o mencionam perdem um bom pedaço da história.

5 – Medir é dever

Aliás, se pesquisa não mede nomes como Arruda, Paulo Octávio, Celina Leão e até Michelle Bolsonaro, não mede nada. É só mais um número bonito para manchete.

6 – Damares e a lacração furada

A senadora Damares Alves tentou lacrar em cima do secretário Ney Ferraz, pedindo sua ida ao Senado para explicar medidas protetivas. Só esqueceu um detalhe: a ex-mulher já tinha retirado tudo, e o processo, arquivado. Tentou vender fumaça com um isqueiro sem gás.

7 – A metáfora do palito

Damares mostrou que é possível tentar acender um palito já queimado. Resultado? Um espetáculo de faíscas que não ilumina nada.

8 – Ney inocentado

Por falar em Ney Ferraz, ele está oficialmente livre de qualquer medida judicial. E Damares ainda tentando ganhar palco com o caso. Melhor deixar o homem trabalhar.

9 – O silêncio de Erika

Enquanto isso, Erika Kokay não deu um pio sobre a prisão de um vice-presidente do PT-DF numa operação contra abuso infantil — justo ela, que ama uma audiência pública para lacrar em rede social. Estranho silêncio.

10 – A tal audiência

Inclusive, hoje mesmo Kokay conduziu audiência pública sobre direitos de crianças e adolescentes. Será que tocou no assunto do dirigente preso? Um passarinho garante que não.

11 – Fred na espera

No podcast Política do Bem, este colunista disse: Fred Linhares tem tudo para um dia disputar o governo do DF, mas esse dia ainda não chegou. Se tiver paciência, chega lá.

12 – Fred tem números

Não dá pra negar: todas as pesquisas em que Fred aparece, ele figura bem. Isso é fato. Só precisa ter paciência e não achar que já é hora.

13 – As mulheres estão vindo

No mesmo podcast, um debate quente: tem muita mulher boa despontando para deputada distrital. E algumas já consolidadas devem brilhar ainda mais em 2026.

14 – Santana no jogo

Wellington Santana, policial civil e ex-administrador do Paranoá, apareceu bem colocado numa pesquisa regional. Ainda não decidiu se será candidato, mas já tem ficha partidária na mesa esperando assinatura.

15 – Pesos pesados unidos

MDB, União Brasil, Republicanos, PP e PL seguem como donos do jogo em Brasília. Qualquer um fora desse bloco só tem chance com um nome muito bom — ou muita coragem.

16 – A hora não é de outsiders

Tem candidato sonhando em repetir o “efeito Ibaneis 2018”, mas a política hoje está mais para quem já conhece o jogo. Quem não tem chão, tropeça cedo.

17 – Conversa cara

Uma reunião num restaurante caríssimo em Brasília rendeu risadas: um advogado dizia ter milhões para investir na campanha e ainda mencionou uma suposta parceira improvável, que nem lá estava. O mais curioso? Todos saíram do jantar com a impressão de que a conta foi a parte mais realista da noite.

18 – Dedé fora dessa

Mesmo pipocando convites para ser candidato em 2026, Dedé Roriz tem dito a amigos que não entra nessa de jeito nenhum. E com a comunicação tão afinada como está, talvez ele tenha razão: bastidores são mais divertidos que palanques.

Pensamento do dia

“Não se iluda: o palco só brilha porque alguém nos bastidores ajusta as luzes.”

 

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