Passarinho Avisa: Blindagem, mágoas e calos políticos: o revezamento da pancada já começou

 

1 – O aviso veio cedo

Esse colunista, que já viu muita reputação ser moída por fake news e mágoas antigas, deixa aqui um conselho sincero: quem estiver com o nome em evidência que trate de se preparar. O jogo da eleição começa com dossiê, não com santinho.

2 – Vasculhe a própria vida antes que alguém vasculhe por você

Você que sonha com uma cadeira majoritária: já fez um pente-fino na sua vida pessoal? Dívida antiga, briga mal resolvida, ex-amizade magoada… Tudo isso volta em forma de denúncia.

3 – Contra-inteligência é luxo? Não. É defesa.

Montar uma equipe de contra-inteligência não é exagero. É prudência. Tem gente que descobre que está na mira só quando a fake já rodou três grupos de zap e virou meme.

4 – O passado cobra no presente

Aquela história mal resolvida com um ex-assessor, um contrato mal explicado ou uma relação mal encerrada… Na época pode ter parecido irrelevante. Mas a urna cobra com juros.

5 – Evite o “dossiê surpresa”

Dossiê de última hora já derrubou muito nome forte. O ideal? Fazer você mesmo o seu inventário de riscos. Saber onde pode levar porrada é o primeiro passo pra saber onde reforçar a blindagem.

6 – A eleição é uma guerra e todo mundo é alvo

Não tem “bom moço” que escape. Todo mundo com algum potencial vira alvo de fake news, denúncias descontextualizadas, manchetes encomendadas e prints recortados.

7 – Jurídico é pré-campanha também

Muitos só acionam advogado depois que o estrago já foi feito. Está errado. O jurídico tem que ser o primeiro da lista. Antes do marqueteiro, antes do coordenador, antes da vaidade.

8 – O colunista que vos escreve também apanha

Já tentaram usar este espaço para espalhar “porradas” contra adversários. E quando não aceitamos o jogo sujo, ainda somos acusados de estar “protegendo” alguém. A eleição é cruel até com quem só escreve.

9 – O perdão vira denúncia eleitoral

Tem gente que achava que uma traição política ou pessoal tinha sido superada. Mas quando o adversário sobe nas pesquisas, a mágoa vira print. E print vira denúncia. E denúncia vira manchete.

10 – Não ache que estão dormindo

Tem adversário que já montou uma pastinha com seu nome. Estão apenas esperando a hora certa para apertar o “enviar”. E normalmente, é um domingo à noite.

11 – O eleitor já não perdoa com tanta facilidade

Uma vez rotulado, é difícil explicar. Mesmo que seja mentira, o estrago já foi feito. A dúvida é mais poderosa que o fato.

12 – Hora de agir, não de reagir

Política não é só estratégia de voto. É estratégia de sobrevivência. E quem espera o escândalo chegar para se defender, normalmente, já perdeu.

13 – Delegada em ascensão

A Delegada da Polícia Civil do DF, Karen Langkammer, apareceu de surpresa numa pesquisa espontânea para deputada distrital. A sondagem foi encomendada por um grupo político que mapeava nomes com presença regional — e o dela saltou.

14 – A mídia que parecia negativa virou vitrine

O curioso é que, nos bastidores, dizem que a recente exposição da delegada, mesmo com certo viés negativo, a fez ser mais conhecida. E no mundo político, ser lembrado — para o bem ou para o mal — já é meio caminho andado.

15 – Quando a brincadeira vira pecado mortal

O Pastor Anderson Silva fez uma comparação bem-humorada — segundo ele, apenas uma metáfora espirituosa — ligando a senadora Damares Alves e sua turma ao estilo “exagerado” do falecido Ozzy Osbourne. Mas parece que o pessoal do entorno da senadora não entendeu como piada. Levaram pro coração. E como diz o próprio pastor: “às vezes o que falta não é fé, é senso de humor”.

16 – Robério versão slim

Quem viu o deputado distrital Robério Negreiros recentemente se surpreendeu. O parlamentar secou nada menos que 20 quilos. É isso mesmo: vinte! O rosto afinou, a silhueta mudou e o figurino até ganhou ajuste.

17 – Disciplina de projeto de lei

Mudar o corpo não é fácil — exige foco, renúncia, rotina. E Robério mandou bem. Perder 20 quilos é quase o peso de uma pauta legislativa que não anda. Se continuar assim, além de votações, vai começar a inspirar colegas na dieta também.

18 – A metáfora do ventilador sem hélice

Tem político por aí achando que vai escapar do ventilador porque nunca fez nada de errado. Mas eleição é como ventilador velho: quando liga, nem precisa de hélice — espalha sujeira pra todo lado, até do inocente. Por isso, blindar-se é prevenir o espirro do ventilador do vizinho.

19 – Um causo: a volta da denúncia de 2002

Em uma eleição passada, um candidato quase perdeu a campanha por causa de uma denúncia de 2002 envolvendo uma multa de trânsito em nome do irmão. A denúncia? Plantada por um ex-amigo da juventude que se sentiu ignorado na pré-campanha. Resultado: foi inocentado, mas já era tarde. Perdeu por 457 votos. Mágoa antiga é como gelo seco: não aparece, mas queima.

🟨 Pensamento do Dia

Na política, não se vence só com proposta. Vence quem sobrevive às pancadas.”

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