A política do DF entrou em fase de preparação intensa para 2026. E enquanto alguns nomes brilham naturalmente nas primeiras prateleiras do poder, outros tentam pular etapas, com vídeos bem editados e denúncias em série. Hoje, o passarinho faz um sobrevoo completo sobre quem está em cima, quem já foi escolhido e quem está apostando na saúde pública para subir na marra.
1 – Celina Leão: A vice que vale por dois
Celina Leão, a vice-governadora, não apenas carrega o cargo — ela ocupa o espaço. É presença constante nos bastidores, pauta política relevante e peça chave para 2026. Quem ainda não entendeu que ela joga na primeira camada, vai ser atropelado pelo calendário eleitoral.
2 – Fred Linhares: A força da vitrine local
Deputado federal e também comunicador, Fred Linhares circula com desenvoltura entre as bases e os bastidores de Brasília. Seu nome hoje é citado com respeito tanto nos corredores da Câmara quanto nas articulações locais. E isso o coloca, sem dúvida, entre os nomes de cima.
3 – Michele Bolsonaro: Um foguete sem retrovisor
Quem acompanha a política do DF sabe que Michele Bolsonaro virou nome obrigatório nas rodas de conversa. De provável candidata ao Senado a possível nome para a Presidência da República, ela hoje é mais influente do que muito político de mandato.
4 – Leandro Grass: Do bom desempenho à benção de Lula
Com a filiação ao PT a pedido do próprio presidente Lula, Leandro Grass consolidou-se como o nome da esquerda. Sempre bem nas pesquisas, agora tem a estrutura e a chancela de quem manda no jogo. Subiu oficialmente para a prateleira de cima.
5 – Bia, Damares, Leila e Izalci: O bloco que nunca sai de cena
Senadores e deputadas federais que têm voto, base e discurso pronto. Cada uma dessas figuras — Bia Kicis, Damares Alves, Leila do Vôlei e Izalci Lucas — carrega relevância própria e espaço em seus respectivos campos ideológicos. Sempre presentes, sempre na pauta.
6 – Gustavo Rocha: O nome silencioso mais ouvido do DF
O chefe da Casa Civil virou um dos mais comentados nos bastidores. Três motivos: 1) ele dá audiência mesmo calado; 2) é hoje nome central do núcleo político de Ibaneis; e 3) representa a fusão perfeita entre política e Judiciário, algo que virou tendência nacional. Gustavo é discreto, mas frequenta as conversas da elite política. Isso é primeira camada.
7 – Primeira camada: o que define quem está lá?
Não é só cargo. É sobre presença estratégica, articulação, projeção. São os nomes que, mesmo em silêncio, movimentam estruturas. Que mesmo sem rede social, dominam a pauta. E que, mesmo fora da eleição, já estão em campanha. Amanhã, voltaremos ao tema — tem muita gente querendo subir… e outros fingindo que ainda não caíram.
8 – Lula já tem seu nome
Um passarinho vermelho contou: o nome da esquerda já foi escolhido. Leandro Grass, agora oficialmente no PT, é o preferido de Lula. A filiação não foi acaso, tampouco construção partidária lenta. Foi um convite direto do presidente, que vê em Grass um nome com futuro, imagem limpa e bom discurso para tempos digitais.
9 – Capelli foi preterido, com educação
Nos bastidores petistas, é dito sem meias-palavras: Lula prefere mil vezes Grass ao ex-interventor Ricardo Capelli. Capelli teve sua missão, teve destaque nacional, mas o carisma político nunca foi seu forte. Já Grass é visto como alguém que pode conversar com o centro e animar a militância ao mesmo tempo. O “não” veio embalado em papel diplomático.
10 – PT tem dono na corrida ao Buriti
A entrada de Grass no PT não foi só uma filiação: foi uma consagração. Significa que o partido vai com ele até o fim — e que aventuras fora do script não terão espaço. O Planalto não quer dividir forças. A aposta está feita, e Grass agora é o nome com a estrela no peito e o apoio do andar de cima.
11 – O favorito da esquerda e da esquerda
Grass sai na frente por um motivo: é aceito pelos dois lados da esquerda. O campo mais moderado o vê como nome técnico, de fala serena. Já a militância o vê como leal ao projeto. Com Lula como padrinho, ganhou musculatura para ser, de fato, o nome mais competitivo do campo opositor.
12 – O novo palanque é o corredor do hospital
A oposição percebeu que nada viraliza mais do que imagens fortes da saúde pública. Uma fila, um paciente esperando, uma indignação captada por celular. Tudo isso se transforma rapidamente em munição política com alcance triplicado. E com trilha sonora de revolta.
13 – O efeito é 10 vezes maior
Em ano pré-eleitoral, um vídeo com aparência de caos vale mais do que mil notas de repúdio. A imagem da saúde — real ou produzida — tem o poder de pautar jornais e encurralar qualquer gestão. E a turma do contra sabe disso melhor do que ninguém.
14 – Buraco no asfalto não dá like
Mostrar asfalto esburacado ou praça malcuidada perdeu força. A indignação digital quer sangue, quer drama, quer desespero. E na saúde pública, infelizmente, isso aparece com facilidade. É ali que a narrativa é construída com base na emoção bruta.
15 – Gente que nem adoece… mas grava
Já se fala nos bastidores de cenas montadas, ângulos escolhidos com carinho e personagens bem orientados. Tudo para capturar o frame perfeito da indignação. Não se trata mais de denúncia: virou conteúdo com roteiro. E a audiência agradece.
16 – Integração que ninguém encara
Há quem defenda uma integração entre a saúde do DF e do Entorno, com rede única e financiamento conjunto. É ousado, complexo e politicamente arriscado — tanto que ninguém toca no assunto em voz alta. Enquanto isso, a guerra de imagens segue.
17 – Sinop também sofre — e é rica
Este colunista andou por Sinop (MT), uma das cidades mais ricas do país, e lá o filme é o mesmo: saúde pública pressionada, com gestão terceirizada e vídeos pipocando em época de eleição. O problema, como se vê, é nacional. Mas a exploração política… é local.
18 – O Buriti já sacou o roteiro
A comunicação do Palácio do Buriti já identificou: os vídeos “espontâneos” têm padrão de edição, atores recorrentes e até figurino repetido. A inteligência do governo sabe quem grava, onde e por quê. Agora resta decidir se bate de frente ou deixa que a farsa se desgaste sozinha.
19 – A política dos 15 segundos
Com 15 segundos de vídeo bem dirigido, já dá pra virar “liderança da oposição” na internet. Palanque digital, celular na mão e um indignado ao lado são os novos requisitos para quem quer disputar espaço. O problema é que muitos só aparecem na UPA em época de eleição.
20 – Um causo político real e simbólico
Um certo assessor — hoje bem posicionado — foi ignorado anos atrás por uma figura da “primeira camada”. Na época, pediu uma reunião para apresentar um projeto e ouviu: “não tenho tempo pra isso.” Hoje, o ex-assessor senta à mesa com o governador, manda em parte do orçamento e recebe sorrisos da mesma figura que um dia o destratou. Moral da história: na política, a porta que se fecha com arrogância pode ser a mesma onde se bate… pedindo apoio.
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Pensamento do Dia:
Na política, quem está na primeira camada não precisa gritar. Já os que gritam… geralmente estão tentando subir.