Novas pistas sobre o assassinato de Charlie Kirk: entre o crime e os rumos da política

Por João Renato

O assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, morto a tiros em uma universidade em Utah, não pode ser tratado apenas como mais um episódio isolado de violência. Ele é o sintoma de um fenômeno global: o avanço da esquerda radical que, incapaz de vencer pelo convencimento, parte para a intimidação e até para a eliminação física de seus adversários.

As autoridades americanas já identificaram evidências que indicam motivação ideológica: munições gravadas com frases ligadas à agenda de “ideologia de gênero” e “antifascismo”, encontradas no rifle usado pelo atirador. O FBI rastreia as impressões e os deslocamentos do criminoso, mas o cenário político é claro — Charlie Kirk foi morto não pelo que fez, mas pelo que representava: um conservador influente, um jovem que defendia a liberdade e a tradição contra os delírios revolucionários que corroem o Ocidente.


Quando o ódio vira método político

Casos assim não nascem do nada. Há anos a esquerda radical normaliza a violência contra conservadores, tratando-os como inimigos a serem eliminados, não como adversários a serem vencidos nas urnas.

Do atentado contra Donald Trump em 2024 ao assassinato do colombiano Miguel Uribe Turbay, passando pelas mortes misteriosas de candidatos da AfD na Alemanha, o roteiro se repete: a direita vira alvo e a esquerda, com seu silêncio cúmplice ou aplauso velado, reforça o recado de que “certos discursos não merecem existir”.

O filósofo Karl Popper já alertava para o “paradoxo da tolerância”: se uma sociedade tolera ilimitadamente os intolerantes, acaba sendo destruída por eles. Mas aqui a distorção é outra: os radicais de esquerda se apresentam como os guardiões da liberdade, enquanto pregam a censura, a perseguição e agora até o assassinato político.


A democracia sequestrada

A pergunta que se impõe é: até onde vamos permitir que a política seja reduzida a uma guerra de extermínio? Democracia é disputa de ideias, não de balas.

Quando alguém como Charlie Kirk — que usava a palavra para mobilizar jovens — é silenciado por um tiro, o que está em jogo não é apenas a vida de um indivíduo, mas a sobrevivência da própria liberdade.

Os progressistas radicais gostam de repetir slogans sobre “tolerância” e “diversidade”, mas na prática só admitem uma diversidade controlada: a que exclui qualquer voz que ameace sua hegemonia cultural. Ao negar espaço para o conservadorismo, transformam a política em campo de batalha e flertam com o totalitarismo.


O que está em risco

A morte de Charlie Kirk expõe o dilema central do nosso tempo: vamos viver em sociedades livres, onde as ideias disputam espaço no debate público, ou aceitaremos o terror como método político?

Se a esquerda radical continuar a avançar sem freios, o risco é claro: o Ocidente trocará a palavra pela bala, a convivência pelo confronto, e a democracia pela tirania travestida de justiça social.

O legado de Kirk, contudo, resiste. Ele foi morto, mas a sua mensagem é um alerta: ou defendemos a liberdade com firmeza, ou assistiremos calados ao seu assassinato — bala após bala, silêncio após silêncio.


A filósofa Hannah Arendt alertava que, quando a violência substitui o discurso, ela não apenas destrói vidas, mas corrói as bases do espaço público. O assassinato de líderes conservadores ao redor do mundo, portanto, não é apenas uma tragédia individual, mas um sintoma de que a liberdade de expressão e o direito de discordar estão sob cerco.

Linha do tempo dos atentados recentes contra políticos de direita (2015-2025)

  • 2018 – Brasil: Jair Bolsonaro é esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (sobrevive).

  • 2019 – Alemanha: Walter Lübcke, conservador, assassinado a tiros.

  • 2022 – Japão: Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro, morto a tiros em Nara.

  • 2024 – EUA: Trump sofre atentado em comício na Pensilvânia, sobrevive.

  • 2025 – Colômbia: Miguel Uribe Turbay, pré-candidato, morre após atentado.

  • 2025 – EUA: Charlie Kirk assassinado em Utah.

  • 2025 – Alemanha: seis candidatos da AfD morrem em 13 dias.

João Renato B. Abreu, Policial Penal – DF, mestre em direito e políticas públicas, pós-graduado em direito penal e controle social, coordenador do NISP – Novas Ideias em Segurança Pública, faixa preta de jiu jitsu e autor do livro: Plea Bragaining?! Debate legislativo – Procedimento abreviado pelo acordo de culpa.

João Renato em frente ao STF

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