A pesquisa mais recente do Instituto RTB Dados confirma aquilo que já se desenhava nos bastidores: a corrida pelo Palácio do Buriti em 2026 tende a se concentrar em dois protagonistas — Celina Leão (PP) e Leandro Grass (PT).
Ainda que outros nomes circulem e apareçam na sondagem, como Ricardo Capelli (PSB), Paula Belmonte (Cidadania) e Izalci Lucas (PL), a leitura política é que esses candidatos atuam como coadjuvantes diante da força que Celina e Grass concentram no imaginário do eleitorado.
O levantamento foi realizado nos dias 9 e 10 de setembro de 2025, com 1.200 entrevistas presenciais, margem de erro de ±3 pontos percentuais e 95% de confiança.
O duelo principal
Num dos cenários testados, quando apenas os dois aparecem, Celina soma 19% contra 13% de Grass, mostrando que a eleição já começa a se organizar como um confronto entre a centro-direita e a esquerda no DF. Mais da metade do eleitorado, no entanto, ainda opta por voto branco, nulo ou se declara indeciso, o que revela o espaço em aberto para movimentações políticas até 2026.
Os coadjuvantes em cena
Enquanto Celina e Grass travam a disputa principal, nomes como Capelli, Paula Belmonte e Izalci Lucas surgem como alternativas que, embora tenham presença nas pesquisas, dificilmente conseguirão romper a polarização em formação. Esses nomes funcionam mais como elementos de composição do tabuleiro, capazes de influenciar a narrativa ou de agregar apoios, mas sem ocupar o centro das atenções.
Senado: outro embate de gigantes
Paralelamente, a corrida ao Senado também chama a atenção. Michele Bolsonaro (PL) aparece com 34%, seguida de perto por Ibaneis Rocha (MDB), com 31%. Em terceiro plano, surgem Leila do Vôlei (PDT), Erika Kokay (PT) e Bia Kicis (PL). Esse cenário revela que a disputa parlamentar terá peso próprio, funcionando como um eixo de força paralelo à eleição para o governo.
Moral da história
O cenário majoritário no DF já tem seus protagonistas definidos: Celina Leão e Leandro Grass são os polos que concentram as atenções, enquanto Capelli, Paula e Izalci cumprem papéis secundários na narrativa eleitoral. A eleição de 2026 tende a ser marcada pela polarização, e caberá ao eleitor decidir qual projeto de futuro deve prevalecer: a continuidade representada pela vice-governadora ou a alternativa da oposição com o deputado petista.