O peso da ideologia

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Celina Leão (57%) e Izalci Lucas (65,5%) se firmam como candidaturas claramente associadas à direita.
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Do outro lado, Leandro Grass (65,3%) e Ricardo Cappelli (65,4%) se consolidam como as opções mais fortes da esquerda.
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No centro, Paulo Octávio (19,8%) e Rafael Prudente (19,5%) tentam ocupar um espaço de pragmatismo, mas o recado da pesquisa é claro: o eleitorado não está dando margem para os “isentões”. A polarização é o fio condutor.
 
Apesar dessa divisão, chama atenção o peso do grupo “não tenho opinião”, que ultrapassa 37% em nomes como Arruda e Fred Linhares, e chega a 41% com Rafael Prudente. Esse contingente de indecisos e descolados da polarização pode ser o fiel da balança em 2026.
O termômetro Lula
O segundo cruzamento mostra com clareza como a aprovação ou desaprovação do presidente Lula influencia diretamente as intenções de voto.
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Entre os que aprovam Lula, os campeões são Ricardo Cappelli (84,6%), Leandro Grass (81,8%) e Geraldo Magela (77,8%), indicando que a esquerda terá uma base sólida e militante.
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Já entre os que desaprovam Lula, a preferência é por nomes como Izalci Lucas (79,7%), Celina Leão (72,3%) e Fred Linhares (60%), configurando a força da direita no DF.
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Paulo Octávio e Arruda aparecem como figuras híbridas, dialogando tanto com lulistas quanto com antipetistas, mas sem espaço claro para se colocarem como alternativas “neutras”.
 
Cenário em aberto
A análise mostra que a disputa no DF deve se transformar em um plebiscito ideológico: lulismo versus antipetismo, esquerda versus direita. O espaço para discursos de neutralidade ou de “isenção” praticamente desaparece diante do peso da polarização.
No entanto, o eleitorado indeciso segue numeroso, e pode ser o fator que definirá o desfecho. Em resumo, 2026 promete ser uma eleição marcada pela polarização, mas com espaço para quem souber dialogar com os indecisos e traduzir essa insatisfação em projeto de governo.