O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha(Republicanos), saiu em evidência na convenção da Assembleia de Deus Madureira. Recebido pelo bispo Abner, filho do bispo Manoel Ferreira, ele não apenas foi destaque no evento, mas também foi chamado ao palco e anunciado como vice de Celina Leão. O gesto, carregado de simbolismo político e religioso, reforça a costura da chapa governista para 2026.
A movimentação foi vista como estratégica: consolidar a aliança com uma das igrejas de maior capilaridade no DF e que exerce influência direta sobre milhares de fiéis. Nos bastidores, aliados de Celina enxergaram no episódio um “endosso público” da liderança evangélica a Gustavo Rocha, algo que dificilmente passará despercebido na corrida ao Buriti.
O peso das religiões na disputa
Os números da pesquisa confirmam que o voto religioso será decisivo em 2026. Celina Leão lidera com folga entre os evangélicos (28,1%), seguida por Fred Linhares (16,5%). Entre os católicos, Celina também desponta (20,8%), mas é no segmento evangélico que sua vantagem ganha corpo.
Nesse cenário, a chancela de líderes como o bispo Abner amplia o alcance da pré-candidatura governista. O gesto no altar foi mais do que um ato de cortesia: foi um recado de que a eleição passa, e muito, pela força dos púlpitos.
