O pessoal da política ainda não aprendeu a fazer contas. O número de partidos diminuiu, e, com isso, o jogo mudou.
Hoje, teoricamente, as vagas vão se concentrar nos partidos grandes e médios — e é neles que deve estar o foco de quem entende o jogo.
Claro, há sempre espaço para surpresas. A política tem suas doses de irracionalidade. Mas, para quem atua nos bastidores, ela precisa ser racional.
Os líderes, aqueles que realmente conduzem o processo, sabem que agora tudo gira em torno das siglas.
O desafio maior será montar nominatas competitivas. E aqui vai o recado para quem sonha com o mandato: uma margem segura para se eleger está na casa dos 25 mil votos.
Vale lembrar que, na eleição passada, houve candidato com 20 mil votos que ficou de fora. A votação mínima também subiu — quem não tiver entre 15 e 17 mil votos dificilmente entra no jogo.
Portanto, antes de se lançar candidato, faça as perguntas certas:
Você tem dinheiro?
Você tem capital político?
Seu nome tem força suficiente para conquistar entre 17 e 25 mil votos?
Muitos influenciadores e criadores de treta nas redes ainda não entenderam que visibilidade não é voto.
A régua subiu — e muito. Quem quiser entrar nesse tabuleiro precisa montar grupo, buscar ex-candidatos e formar um time com base eleitoral real.
Porque, nessa nova matemática política, quem não tiver bala na agulha já está fora do jogo.