De agora até dezembro, o assunto que vai dominar Brasília atende por um nome: nominatas. Cada partido corre contra o tempo para montar seu time de 2026. O desafio é grande, e o jogo tem protagonistas bem definidos.
Os Gigantes em Campo
MDB, Republicanos, PL, União e PP (que caminham para a federação) formam o bloco mais competitivo. O MDB tem o governo na mão; os Republicanos contam com a força da vice Celina Leão; o PL aposta no bolsonarismo raiz; e a federação PP-União se estrutura com nomes robustos e estratégicos. Correndo por fora, o PSD de Paulo Octávio tenta manter espaço — e, claro, garantir a eleição do filho, André Kubitschek.
Mas o tabuleiro é mais complexo: esses grandes partidos não farão todas as cadeiras. É aí que entram os médios, com espaço para crescer.
O Movimento do Podemos
Entre os médios, o destaque vai para o Podemos, comandado no DF por Christian Viana, atual secretário do Entorno e agora aliado da base governista.

Com 30 mil votos na eleição passada, Robério pode alcançar 40 mil em 2026, considerando a redução do número de candidatos e o encolhimento das siglas. Se isso acontecer, o Podemos pode beliscar uma segunda vaga, desde que monte uma nominata enxuta e coerente.
Tubarões e Sobreviventes
Atualmente, há 17 deputados distritais governistas e apenas 9 partidos, o que significa que as nominatas estarão lotadas de tubarões. O Podemos, porém, promete ter apenas um: Robério Negreiros.
Isso abre espaço para quem quer disputar com equilíbrio e raciocínio político. Um exemplo? Renato Rocha, irmão do governador Ibaneis, teria tudo para se filiar ao Podemos — uma nominata com um puxador de votos e espaço para crescer.
Cenário e Estratégia
Nem todo mundo é Jaqueline Silva (MDB) ou Jane Klébia (Republicanos), figuras já consolidadas em partidos grandes.
Mas quem teve entre 5 e 10 mil votos em 2022 deveria tomar um café com Christian Viana.
O Podemos é uma nominata racional: se os demais 24 candidatos fizerem votações medianas, um segundo eleito pode surgir com 15 a 18 mil votos. É conta política — não torcida.
Moral da História
Quem pensar com a cabeça e não com a emoção deve olhar para o Podemos.
Se eu fosse candidato, iria para lá.
Não pelo cabelo liso do Robério, mas pela matemática eleitoral.
Na política, ou se tem muita razão, ou se perde na emoção.