Um Passarinho Me Contou – Quando o Tabuleiro se Mexe, Brasília Trepida

 

1 — Bia no jogo

O lançamento da candidatura de Bia Kicis ao Senado acendeu todas as luzes vermelhas no DF. O movimento foi visto como um recado direto ao próprio PL: “tô dentro e não abro”.

2 — E a Michele?

Nos bastidores, a leitura imediata foi: se Bia é candidata, Michele Bolsonaro não será pelo DF. A classe política repetiu isso como se fosse verdade universal.

3 — O papo com o homem forte do Valdemar

Segundo um deputado federal muito próximo de Valdemar Costa Neto: se Tarcísio for candidato à Presidência, Michele será a vice. A fórmula da direita para enfrentar Lula e sua poderosa máquina.

4 — A lógica do PL

A leitura interna é que Michele encaixa melhor num projeto nacional do que numa disputa regional. O PL prefere mirar no Planalto, não só no Senado.

5 — Ibaneis está de olho 

O anúncio de Bia mexeu com a base do governador Ibaneis Rocha. O receio é real: Bia e Michele na mesma chapa deixariam o governo sem espaço.

6 — A vaga que sobra

Se Michele e Bia vierem juntas, o Buriti pode ter que sacar uma candidatura emergencial — não a preferida, mas a possível.

7 — Coalizão ou colisão?

Duas forças grandes da direita disputando o mesmo território podem gerar fumaça, confusão e desgaste. A palavra do momento é cautela.

8 — A fala de Robério Negreiros

No nosso podcast, Robério soltou a bomba:

“Se a direita continuar brigando entre Bia, Michele e Ibaneis, a esquerda pega uma vaga.”

O estúdio quase foi ao chão.

9 — O medo da esquerda avançar

Se a direita se dividir, a esquerda agradece. A luta não é só pelo voto — é pela narrativa da vez.

10 — Jogo aberto e ninguém crava nada

Por enquanto, tudo está no terreno do “pode ser”. Bia embaralhou o coreto e obrigou o DF a rever todas as contas.

11 — O secretário blogueirinho

Enquanto no Instagram ele virou quase um influenciador, no Buriti o comentário é outro: as contas não fecham. Onde mais tem foto, menos tem gestão.

12 — A conta chegou (e passa de bilhões)

A dívida já ultrapassa bilhões. Nos corredores, a piada é séria: “vai ter que chamar o Ney” — porque planejamento não está sendo a parte forte do time.

13 — A eleição é do Kassab

No núcleo duro de Brasília, a frase se repete: “essa eleição é do Kassab”. Qualquer outsider será barrado antes de respirar. O sistema não quer surpresas como em 2022.

14 — Anistia como eixo de poder

Zucco garantiu votação até o fim do ano. Flávio Bolsonaro e Tarcísio alinharam o discurso. A Federação União Progressista — com 109 deputados e 14 senadores — virou o motor da pacificação. Até o STF percebeu que precisa dessa anistia para reorganizar o jogo.

15 — Trump é o elemento imprevisível

O único que pode quebrar o script é Donald Trump. Mas tem gente lembrando que Temer já conversou com a CIA uma vez — e pode conversar de novo. Washington gosta de negociar com quem manda, não com quem improvisa.

16 — Onde Michele entra nesse tabuleiro

No cenário descrito pelos bastidores, Michele Bolsonaro é a carta que pode virar qualquer eleição. Seja como vice, seja como articuladora, sua presença reorganiza blocos inteiros.

17 — Ibaneis precisa abrir os olhos

Se Michele resolver mirar no DF, mesmo por tática, Ibaneis terá que dobrar a atenção. Nos bastidores, a frase é direta:

“Se Michele desce para o DF, muda tudo.”

18 — A turma do PL já fala em arranjo fechado

Dentro do PL, a conversa é que a estratégia nacional está praticamente montada: Tarcísio na cabeça, Michele agregando o discurso bolsonarista e o partido buscando hegemonia na direita sem rupturas internas.

19 — O sistema quer estabilidade, não risco

Quem acompanha o jogo mais profundo diz que o sistema — Congresso, STF, governadores e parte da mídia — trabalha por um pacto silencioso: nada de aventuras. O Brasil vai caminhar para um governo de centro-direita “lustrado”, com cara de pacificação.

20 — O fator Moraes segue no centro da mesa

Para garantir apoio externo, especialmente dos EUA, a dúvida é até onde esse bloco está disposto a ir na questão Alexandre de Moraes. A conversa existe e acontece longe de olhos indiscretos. Brasília ferve — mas a superfície permanece calma.

Pensamento do Dia

Na política, quem pisca perde — e quem dorme acorda sem cadeira.

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