Como votou os federais do DF no PL da dosimetria

 

Deputados do DF que votaram a favor da nova dosimetria das penas — e o que isso significa para os condenados do 8 de Janeiro

A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta terça-feira (10), o projeto que altera a dosimetria das penas no Brasil. O texto, que recebeu 291 votos favoráveis e 148 contrários, restringe a margem de aumento das penas aplicadas pelos juízes — e, na prática, tende a reduzir sentenças, inclusive de condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

A proposta não é uma anistia, mas especialistas apontam que pode beneficiar réus já condenados, ao limitar o peso de circunstâncias agravantes. Por isso, o tema movimentou Brasília e dividiu a bancada do Distrito Federal.

Quem votou a favor?

Segundo o painel eletrônico da Câmara, os seguintes deputados federais do DF votaram SIM ao projeto:

  • Alberto Fraga (PL-DF)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Fred Linhares (Republicanos-DF)
  • Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF)
  • Rafael Prudente (MDB-DF)

Todos endossaram o substitutivo apresentado pelo relator, que limita o aumento da pena-base e reduz o espaço de interpretação dos magistrados.

Quem votou contra?

A bancada do DF também teve parlamentares contrários ao projeto:

  • Erika Kokay (PT-DF) — votou NÃO
  • Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) — votou NÃO

E quem não apareceu no painel?

  • Prof. Reginaldo Veras (PV-DF) — constou como ausente no momento votação.

Por que a votação repercutiu tanto?

A mudança na dosimetria entra no epicentro de um debate nacional:

  • A ala conservadora argumenta que as penas aplicadas pelo STF nos casos do 8 de janeiro foram excessivas e desproporcionais.
  • Críticos do projeto afirmam que o texto abre brecha para flexibilizar punições em crimes graves e enfraquece o caráter pedagógico das sentenças impostas aos envolvidos nos ataques.

Veículos de imprensa como CNN, Metrópoles e Band destacaram que a proposta pode impactar diretamente sentenças já proferidas, caso a defesa dos réus leve a nova lei para reavaliação judicial. O debate agora segue para o Senado, onde o texto também deve gerar forte polarização.

Um freio no juiz ou um aceno político?

Especialistas ouvidos pela imprensa afirmam que o PL retira parte da discricionariedade dos magistrados na fixação da pena. Já opositores classificam o movimento como “legislativo”, mas com efeito político direto, reduzindo punições impostas aos condenados pelos atos antidemocráticos.

Seja como for, o DF ficou dividido — e o voto dos seus parlamentares já repercute entre apoiadores e críticos de cada lado.

 

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