O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que o Estado não aceita retrocessos administrativos e criticou tentativas de retorno de grupos políticos associados a gestões anteriores. A declaração foi feita em entrevista ao jornalista Jackson Abrão, durante transmissão ao vivo no canal do YouTube do jornal O Popular.
Críticas às gestões tucanas
Sem citar diretamente nomes no início, Caiado declarou que “os desmamados que levaram Goiás à maior dívida e a escândalos em todos os espaços querem voltar”, associando o período de crise fiscal e administrativa às gestões do ex-governador Marconi Perillo, do PSDB. Segundo o governador, aquele ciclo foi marcado por desequilíbrio das contas públicas e dificuldades em áreas como saúde, educação e assistência social.
Ao comparar passado e presente, Caiado afirmou que a experiência vivida pela população funciona hoje como um fator de resistência política. “Aquilo lá ninguém quer mais hoje”, disse, ao destacar que, na sua avaliação, a sociedade goiana rejeita modelos administrativos associados a crises anteriores.
Avaliação da atual gestão
O governador citou índices de aprovação como argumento para sustentar a continuidade do atual projeto político-administrativo. De acordo com Caiado, Goiás lidera, pela oitava vez, o ranking nacional de aprovação entre governadores, com 80%, conforme levantamento do instituto AtlasIntel divulgado em 17 de dezembro.
Segundo ele, o resultado reflete medidas adotadas desde 2019, como reorganização fiscal, controle de gastos e retomada da capacidade de investimento do Estado. Caiado afirmou ainda que esse cenário elevou o nível de exigência do eleitorado. “É isso que o cidadão quer cada vez mais, não quer abrir mão disso”, declarou.
Daniel Vilela como sucessor
Nesse contexto, o governador defendeu o vice-governador Daniel Vilela (MDB) como sucessor natural. Caiado afirmou que Vilela acompanha de perto as decisões estratégicas do governo, participa das discussões orçamentárias e conhece as prioridades administrativas do Estado.
“Daniel está ao meu lado no meu governo, governando junto, sabendo de tudo, discutindo orçamento e prioridades. Eu não estou aqui apresentando um candidato; eu o escolhi para ser meu vice com antecedência. Ele tem capacidade e vai dar andamento à nossa gestão”, afirmou o governador.
Debate político segue em evidência
As declarações reforçam o debate sobre a sucessão estadual em Goiás e evidenciam a estratégia do atual governo de associar sua gestão à estabilidade fiscal e administrativa, ao mesmo tempo em que critica períodos anteriores. O cenário eleitoral segue em construção, com diferentes grupos políticos se posicionando para as disputas futuras.
